A empresária Simone Venturini Tonani, de 42 anos, foi enterrada às 11 horas deste domingo (06), no Cemitério Parque da Paz, em Ponta da Fruta, Vila Velha. Cerca de 200 amigos e familiares se despediram de Simone, que morreu após ter sido atingida por um vergalhão, jogado por um morador de rua, na Praia da Costa, também em Vila Velha, na última sexta-feira (04).
Marcado por muita emoção, o enterro contou com a presença de um padre que realizou um momento de oração. Um jovem chegou a desmaiar na cerimônia. Não há informação do grau de parentesco dele com a Simone.
Segundo a prima de Simone, a arquiteta Vanessa Venturin, 32, o caso está sendo um choque para a família. Ela disse que ficou sabendo por meio do Gazeta Online que um morador de rua tinha jogado um vergalhão contra um carro. No entanto, não imaginava que a vítima era a prima dela.
Ainda de acordo com a Vanessa, que trabalhava com a Simone há cinco anos, o filho da empresária, um menino de 8 anos, tem chamado pela mãe durante noite.
(Com informações de Victor Muniz)
CRIME
O filho de Simone presenciou o momento em que a mãe foi atingida por um vergalhão jogado por um morador de rua, na Praia da Costa, em Vila Velha. Ele estava no carro e foi retirado por pessoas que se aproximaram da cena na Avenida Champagnat, por volta das 18h34, da última sexta-feira (06). A criança foi acolhida por uma vizinha da vítima, onde ficou até por volta das 22 horas, também na sexta-feira (06), até que a família fosse buscá-lo.
Simone Venturini Tonani é proprietária de uma loja de materiais de construção e ferramentas em Cariacica. Ela morava na Praia da Costa, em Vila Velha, e na hora do crime havia acabado de pegar o filho em um colégio particular da região.
De acordo com um primo de Simone, o também empresário Marcos Venturini, foi o menino que desbloqueou o celular para que a família da mulher fosse informada do acidente.
"As pessoas que o retiraram do carro foram muito solidárias. Ele que desbloqueou o celular e está consciente de tudo. Ele só não sabe da situação atual. Isso nós ainda estamos esperando um pouco para decidirmos como contaremos", diz.
Marcos lamenta a morte da prima e acredita que o episódio poderia ter sido evitado. "Pelo que nós sabemos, ele (o morador de rua) tem outras passagens pela polícia e não é a primeira vez que ele se envolve em uma situação parecida. Então não era para ele estar ali", avalia.
Segundo Marcos, os pais da empresária estão profundamente sensibilizados.
SENSAÇÃO DE INSEGURANÇA
Para o empresário, toda a família está se sentindo insegura e, ainda, enfrentando a dor da perda. "Nós estamos falando de uma avenida extremamente movimentada, no Centro de Vila Velha. O trânsito, se olharmos as imagens, está fluindo lentamente, ninguém estava correndo. Poderia ter sido eu ou minha esposa...", diz.
Ele afirma que ninguém poderia imaginar que em um trajeto de aproximadamente 400 metros isso fosse acontecer. "Você pensa em uma mãe indo buscar o filho na saída da escola, na sexta-feira, com a criança dentro do carro, e voltando para casa passa por uma situação dessa", lamenta.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta