Uma mulher identificada pela polícia como Giselle Rembiski Gregório, de 46 anos, foi presa nesta sexta-feira (06), por mandado de prisão preventiva, busca e apreensão, pela Delegacia Especializada de Crimes de Defraudações e Falsificações (Defa), depois de aplicar golpes que somam pelo menos R$ 500 mil em prejuízos. Além da mulher, o comparsa Ricardo Felix Firmino, de 38 anos, também foi preso.
De acordo com a titular da Defa, delegada Nicolle Perúsia, a empresária foi presa enquanto estava na casa dela, no bairro Parque Residencial Laranjeiras, na Serra. Ela mora em uma verdadeira fortaleza. Casa com câmera, portão de aço, piscina. No momento da prisão ela tentou resistir, chamou os vizinhos, gritou, entrou no carro dela, ficou agarrada ao volante dificultando a ação da polícia, contou.
Nicolle Perúsia informou que as investigações tiveram início depois que a primeira vítima apareceu na delegacia para fazer a denúncia no dia 20 de novembro. Foi um golpe no valor de R$ 40 mil. A partir da investigação desse empresário que caiu no golpe dela, começamos a fazer outros levantamentos e fomos identificando mais vítimas do crime, contou.
Giselle tem duas lojas no bairro Itararé, em Vitória. Segundo a delegada, a criminosa usava isso como artifício para atrair as vítimas. Ela conhecia as vítimas por meio de amigos, ou em sites de compra e venda. No caso dos sites, ela se mostrava interessada em algum produto até criar vínculo com a vítima e perguntava se a pessoa gostaria de fazer sociedade com ela. Quando ela conhecia a pessoa por outros meios, ela ia seduzindo a pessoa falando da loja, dos lucros e daí então oferecia uma parceria, que nunca se efetivava, explica.
A delegada informou que já são pelo menos 11 vítimas identificadas. Segundo Perúsia, o empresário que foi a primeira vítima a registrar queixa, caiu no golpe enquanto tentava vender um galpão. Ele estava tentando vender o imóvel por meio de uma imobiliária. Ela se mostrou interessada e criou vínculo com a vítima. Depois de vender o galpão, o homem resolveu ser sócio de Josette. Ele transferiu R$ 40 mil para uma conta dela e, além disso, comprou um Iphone 8, que ela disse que pagaria a ele, conta. A empresária depois de receber o dinheiro, sumia.
A delegada informou que as vítimas que caíram no golpe eram pessoas com boas condições financeiras. Essas pessoas podiam até não ser ricas, mas de alguma forma tinham uma quantidade de dinheiro. Os investimentos era sempre de R$ 20, R$ 30, R$ 40 mil reais, relatou.
Ricardo Felix Firmino também foi preso nesta sexta-feira (06), no bairro Santa Marta, em Vitória. De acordo com a polícia, ele não resistiu a prisão. Segundo Nicolle Perúsia, as duas lojas de roupas, sapatos e brinquedos de Josette estão no nome de Ricardo, além disso, seis financiamentos de veículos também estão no nome dele.
Ele servia como um testa de ferro, que é a pessoa que sabe que o nome está sendo usado para uma ação criminosa e permite, contou.
Questionada sobre o que Ricardo recebia em troca, a delegada esclareceu que o suspeito não quis falar. Ele preservou o direito de manter-se calado. Agora vamos nos aprofundar nas investigações. A única coisa que ele disse é que os veículos e lojas que estão no nome dele são de Giselle.
Depois da prisão dos suspeitos, a polícia foi até as lojas de Giselle procurar por mercadorias que seriam falsificadas. Chegando no local, nós procuramos produtos com aspecto de falso. Agora vamos encaminhar para perícia para saber do que se tratam esses produtos, pontuou.
A polícia acredita que, com a prisão dos suspeitos, outras vítimas apareçam. Outras pessoas podem surgir depois dessa prisão e o valor dos golpes dados por ela pode aumentar, disse a delegada.
A empresária Giselle Rembiski já possui passagem na polícia por falsificação de documento e apropriação indébita. Ela e Ricardo foram presos por estelionato e lavagem de dinheiro.
Durante a ação foram encontrados:
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