Uma empresária viveu momentos de terror após ser sequestrada no início da tarde deste sábado (7), em Iconha, no Sul do Espírito Santo. Ela é proprietária de um salão de beleza e estava no estabelecimento quando foi abordada pelos criminosos, que exigiram a chave o carro dela e a colocaram no veículo. A vítima foi liberada somente em Guarapari.
Segundo a Polícia Militar, o crime ocorreu por volta de 12h30, no salão da vítima. Ela relatou aos policiais que foi obrigada a entregar as chaves do automóvel, além da carteira e do celular. Em seguida, a empresária foi colocada por dois homens dentro de seu próprio carro.
Após ser acionada por uma amiga da empresária, que mora no andar superior ao salão, a PM montou um cerco na região e conseguiu localizar o veículo da empresária, que seria uma caminhonete, abandonado no bairro Aparecidinha, em Piúma. Testemunhas contaram para a polícia que dois homens e uma mulher desembarcaram do carro e seguirem em direção à rodovia Jorge Ferres, sentido Anchieta.
A Polícia Militar informou que buscas foram realizadas por todo o local, mas não localizou os suspeitos e a vítima no momento do fato. Pouco tempo depois, a equipe recebeu a informação de que a mulher havia sido libertada no bairro Lameirão, em Guarapari. Ela foi atendida por uma guarnição da PM, na região e, em seguida, foi encaminhada à Delegacia Regional de Itapemirim para o registro dos fatos.
Por meio de nota, a Polícia Civil informou que crime seguirá sob investigação e que denúncias podem ser feitas por meio do Disque-Denúncia 181, com anonimato garantido.
"FOI UM HORROR", DIZ AMIGA DA VÍTIMA
A amiga da empresária, uma professora que preferiu não se identificar, contou que estava em casa quando tudo aconteceu. Ela mora no andar superior ao salão e ouviu quando uma pessoa que limpava sua casa disse que a empresária havia entrado em uma caminhonete com dois homens. A professora foi averiguar o que estava acontecendo e viu apenas o braço da vítima para o lado de fora do veículo, como se a empresária estivesse pedindo socorro — a rua estava movimentada. Nesse momento, a amiga da vítima acionou a polícia.
Segundo a professora, a empresária conseguiu chegar em casa oito horas após ter sido levada pelos criminosos. Ela disse que a vítima lhe contou detalhes sobre o sequestro. “Ela disse que eles seguiram sentido Vitória e quando chegaram a Aparecidinha, já em Piúma, os dois homens resolveram abandonar a caminhonete, reclamando que o veículo era automático. Para continuar fugindo, eles pararam outro carro e seguiram viagem ela, os dois assaltantes e o dono do outro carro”, relatou.
A professora ainda disse que, quando chegaram ao balneário de Meaípe, em Guarapari, os criminosos abandonaram a empresária — que parou um caminhão para pedir ajuda e entrar em contato com alguém de Iconha. A vítima também disse que os homens falavam muito o nome Cariacica e que pareciam não conhecer a região, pois usaram até GPS. Ela só conseguiu chegar em casa após as 20h de sábado.
A professora contou que seu telefone tocou durante todo o momento em que a empresária estava com os criminosos. As ligações eram de número privado, com uma pessoa pedindo dinheiro em troca do resgate da empresária e do carro. Ela disse que chegou a transferir uma pequena quantia, mas a polícia orientou que ela parasse.
“Nunca passei por algo desse tipo. Foi um horror. Tenho que agradecer aos policiais que me ajudaram. Penso que o fato dela estar arrumada chamou a atenção deles. Estamos muito abaladas, ela nem consegue falar sobre o assunto.”, disse a professora.
Segundo a professora, o carro da vítima foi levado para um pátio em Guarapari e, nesta segunda-feira (9), empresária vai à Delegacia de Itapemirim para prestar depoimento.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta