Quase um ano depois de ser preso, Glaupiherle Grasielo Rocha vai passar por uma audiência de instrução na Justiça do Espírito Santo. As informações são da TV Gazeta. A audiência estava marcada para o último dia 26 de agosto, mas foi reagendada para esta quarta-feira (9), por conta da pandemia do coronavírus. Ele foi preso em outubro de 2019, por suspeita de ter estuprado oito mulheres na Grande Vitória. O microempresário foi detido em casa, no bairro São Francisco, em Cariacica. Nessa audiência não será dada uma sentença. O julgamento do caso ainda vai acontecer.
Na época, a chefe da Divisão Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), a delegada Claudia Dematté, pediu que a imprensa divulgasse a foto do suspeito para ver se novas vítimas denunciavam. Segundo a polícia, Glaupiherle atacava mulheres em ruas da Serra, Vitória, Cariacica e Vila Velha. Ele abordava as vítimas em uma picape Saveiro de cor branca.
Com uma arma, ele ameaçava as vítimas de morte, as obrigava a entrarem no veículo e, na maioria dos casos, levava as mulheres para um local ermo às margens da Rodovia do Contorno, à noite. Segundo informações da polícia, ele introduzia arma, pedaços de madeira e barras de ferro nas vítimas.
Em janeiro deste ano, o empresário foi indiciado pela Polícia Civil pelo crime de estupro. Três processos foram concluídos naquele mês pela delegacia responsável pelo caso e outros seguiam em andamento. Glaupiherle está preso na Penitenciária Estadual de Vila Velha V.
Na época, o acusado já tinha um histórico de violência. Ele já respondia a dois processos pela Lei Maria da Penha e possuía pedidos de medida protetiva contra ele. Um dos processos que tramita na 5ª Vara Criminal de Cariacica foi feito pela ex-mulher de Glaupiherle, em 2015. Na época, ela o denunciou por violência doméstica e entrou com um pedido urgente de Medida Protetiva contra o microempresário, com quem ela tem dois filhos.
O segundo processo que Glaupiherle responde foi instaurado em meados de agosto de 2019. De acordo com o TJES, no dia 16 de setembro, o microempresário foi novamente denunciado por violência doméstica, desta vez por uma jovem de 20 anos. A vítima também possuía medida protetiva contra o suspeito, de acordo com a Lei Maria da Penha.
Na época dos fatos, Glaupiherle estava separado e morava em São Francisco, Cariacica, onde foi preso. Pai de um menino e uma menina, ele exaltava o amor pelos filhos nas redes sociais. De acordo com vizinhos, ele era conhecido no bairro, chegou a prestar serviços de frete e como pintor antes de ter o negócio próprio no ramo de construção civil. Moradores também relataram que o suspeito costumava ir a festas e ficava agressivo quando bebia. Eles inclusive afirmaram já terem ouvido brigas do microempresário.
Até novembro do ano passado, a Polícia Civil identificou 13 mulheres que denunciaram ter sido estupradas por Glaupiherle. As vítimas prestaram depoimento na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de Cariacica.
Apesar de ter sido reconhecido pelas vítimas na época dos crimes, o suspeito de realizar estupros em série na Grande Vitória negou as acusações. O microempresário disse que pode ter sido confundido com outra pessoa, segundo o advogado de defesa dele, Hugo Weyn.
A reportagem de A Gazeta tentou novo contato com Hugo, nesta quarta (9), por meio dos telefones disponibilizados no Cadastro Nacional dos Advogados, da OAB, mas ele não atendeu aos telefonemas. O espaço está aberto, caso a defesa queira se pronunciar.
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