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Empresário acusado de estupros em série no ES tem audiência nesta quarta

Empresário acusado de estupros em série no ES tem audiência nesta quarta

Glaupiherle Grasielo Rocha foi preso e indiciado por estuprar mulheres da Grande Vitória, em outubro de 2019. O caso teve grande repercussão

Publicado em 9 de setembro de 2020 às 09:18

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Glaupiherle é suspeito de cometer oito estupros na Grande Vitória
Glaupiherle é suspeito de cometer oito estupros na Grande Vitória. (Reprodução)

Quase um ano depois de ser preso, Glaupiherle Grasielo Rocha vai passar por uma audiência de instrução na Justiça do Espírito Santo. As informações são da TV Gazeta. A audiência estava marcada para o último dia 26 de agosto, mas foi reagendada para esta quarta-feira (9), por conta da pandemia do coronavírus. Ele foi preso em outubro de 2019, por suspeita de ter estuprado oito mulheres na Grande Vitória. O microempresário foi detido em casa, no bairro São Francisco, em Cariacica. Nessa audiência não será dada uma sentença. O julgamento do caso ainda vai acontecer.

Que fim levou o empresário acusado de estupros em série no ES?

Na época, a chefe da Divisão Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), a delegada Claudia Dematté, pediu que a imprensa divulgasse a foto do suspeito para ver se novas vítimas denunciavam. Segundo a polícia, Glaupiherle atacava mulheres em ruas da Serra, Vitória, Cariacica e Vila Velha. Ele abordava as vítimas em uma picape Saveiro de cor branca.

Com uma arma, ele ameaçava as vítimas de morte, as obrigava a entrarem no veículo e, na maioria dos casos, levava as mulheres para um local ermo às margens da Rodovia do Contorno, à noite. Segundo informações da polícia, ele introduzia arma, pedaços de madeira e barras de ferro nas vítimas.

Objetos foram encontrados na casa e no carro de Glaupiherle
Imagem de objetos na casa do suspeito de estuprar mulheres no ES. (Divulgação/Polícia Civil)

Em janeiro deste ano, o empresário foi indiciado pela Polícia Civil pelo crime de estupro. Três processos foram concluídos naquele mês pela delegacia responsável pelo caso e outros seguiam em andamento. Glaupiherle está preso na Penitenciária Estadual de Vila Velha V.

Glaupiherle Grasielo Rocha, preso acusado de estupro
Glaupiherle Grasielo Rocha, preso acusado de estupro. (Reprodução/Instagram )

O PERFIL DO ACUSADO

Na época, o acusado já tinha um histórico de violência. Ele já respondia a dois processos pela Lei Maria da Penha e possuía pedidos de medida protetiva contra ele. Um dos processos que tramita na 5ª Vara Criminal de Cariacica foi feito pela ex-mulher de Glaupiherle, em 2015. Na época, ela o denunciou por violência doméstica e entrou com um pedido urgente de Medida Protetiva contra o microempresário, com quem ela tem dois filhos.

O segundo processo que Glaupiherle responde foi instaurado em meados de agosto de 2019. De acordo com o TJES, no dia 16 de setembro, o microempresário foi novamente denunciado por violência doméstica, desta vez por uma jovem de 20 anos. A vítima também possuía medida protetiva contra o suspeito, de acordo com a Lei Maria da Penha.

Glaupiherle Grasielo Rocha foi preso acusado de cometer estupros na Grande Vitória. (Divulgação/Polícia Civil)

Na época dos fatos, Glaupiherle estava separado e morava em São Francisco, Cariacica, onde foi preso. Pai de um menino e uma menina, ele exaltava o amor pelos filhos nas redes sociais. De acordo com vizinhos, ele era conhecido no bairro, chegou a prestar serviços de frete e como pintor antes de ter o negócio próprio no ramo de construção civil. Moradores também relataram que o suspeito costumava ir a festas e ficava agressivo quando bebia. Eles inclusive afirmaram já terem ouvido brigas do microempresário.

RECONHECIDO POR 13 VÍTIMAS

Até novembro do ano passado, a Polícia Civil identificou 13 mulheres que denunciaram ter sido estupradas por Glaupiherle. As vítimas prestaram depoimento na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de Cariacica.

ACUSADO NEGOU CRIMES

Apesar de ter sido reconhecido pelas vítimas na época dos crimes, o suspeito de realizar estupros em série na Grande Vitória negou as acusações. O microempresário disse que pode ter sido confundido com outra pessoa, segundo o advogado de defesa dele, Hugo Weyn.  

A reportagem de A Gazeta tentou novo contato com Hugo, nesta quarta (9), por meio dos telefones disponibilizados no Cadastro Nacional dos Advogados, da OAB, mas ele não atendeu aos telefonemas. O espaço está aberto, caso a defesa queira se pronunciar. 

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