O empresário Glaupiherle Grasihelo Rocha, acusado de cometer estupros em série na Grande Vitória, foi condenado a 10 anos de prisão por um dos crimes. A decisão foi divulgada pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES) nesta quinta-feira (7). O réu, que na época dos crimes tinha 36 anos, já estava preso preventivamente, cumprirá a pena inicialmente em regime fechado e não poderá recorrer em liberdade. O crime que resultou na condenação ocorreu em 2017, próximo ao terminal de ônibus do bairro São Torquato, em Vila Velha.
Na ocasião, o homem abordou a mulher em uma picape Saveiro branca e ofereceu dinheiro para ela realizar serviços sexuais dentro do carro. Conforme relato da vítima, o homem trancou as portas do carro e a ameaçou com uma arma, obrigando-a a fazer o que ele exigisse.
A mulher sofreu violência sexual, chegando a ficar ensanguentada. A violência só foi interrompida quando a vítima gritou e fugiu após o réu abrir as portas do carro. Ela foi acolhida por um segurança do terminal.
Procurado por A Gazeta, o advogado Hugo Weyn, que representa a defesa de Glaupiherle, informou que seu cliente responde por ações relacionadas a prática de estupro, e, em algumas, foi absolvido, mas foi condenado em outras. “O que a defesa entendeu ser necessário, estamos recorrendo junto ao Tribunal de Justiça e, consequentemente, ao Superior Tribunal de Justiça. Quanto a esse processo, inclusive, a defesa já entrou com recurso”, disse.
O Ministério Público do Espírito Santo informou que, ao todo, 13 mulheres identificaram Glaupiherle Grasihelo Rocha como autor de estupros cometidos na Grande Vitória. Segundo o MPES, as vítimas relataram que o homem as abordava e ameaçava com uma arma.
As vítimas contaram que eram levadas para um local remoto e eram violentadas com objetos como barras de ferro, cabos de madeira e objetos cortantes. De acordo com Ministério Público, os crimes chocaram até a polícia pela extrema agressividade e pela demonstração de ódio contra as mulheres.
A Polícia Civil concluiu oito inquéritos envolvendo o mesmo homem e outros seguem em andamento. O reú foi indiciado, ainda, em dois processos por violência doméstica, contra a ex-mulher e contra a ex-namorada. A reportagem tenta contato com a defesa de Glaupiherle e o espaço segue aberto para manifestação.
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