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Empresário da Serra foi morto porque devia a casal de agiotas, diz polícia

Empresário da Serra foi morto porque devia a casal de agiotas, diz polícia

Suspeitos foram presos acusados do crime, que aconteceu em janeiro deste ano; vídeo divulgado pela Polícia Civil mostra momento exato do assassinato

Publicado em 21 de dezembro de 2022 às 12:29

Ícone - Tempo de Leitura 3min de leitura
Júlia Afonso
Repórter / [email protected]

Quatro pessoas foram presas pela morte do empresário Bruno Oliveira, de 35 anos, dono do Taberna GastroMusicBar, localizado em Parque Residencial Laranjeiras, na Serra. O crime aconteceu dentro do próprio estabelecimento, em 28 de janeiro deste ano (veja acima). Segundo as investigações, tudo foi motivado por um dívida a um casal de agiotas.

Os presos são:

Um quinto suspeito, de acordo com a Polícia Civil, também estava envolvido no crime. No entanto, Asclepiades Vieira Soares Júnior, de 31 anos, acabou morto com vários tiros e pedradas no Balneário de Carapebus, na Serra, dois dias após o homicídio no Taberna. Na ocasião, uma amiga que estava com ele também foi assassinada.

O que motivou o crime?

De acordo com o delegado Rodrigo Sandi Mori, da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra, tudo começou quando Bruno, que tinha dificuldades de gerir os negócios no Taberna, pediu empréstimos ao casal de agiotas Jadilson e Gleiciane.

"Em razão disso, a vítima contraiu alguns empréstimos e, o maior deles, foi no valor de R$ 100 mil com o casal de agiotas. Como a vítima não honrou o pagamento de duas parcelas, o Jadilson, Everton e Rodrigo assumiram a gerência do Taberna no final do ano passado por praticamente um mês para pegarem o dinheiro que entrava no Taberna e quitar a dívida", detalhou Sandi Mori.

Suspeitos foram presos acusados do crime, que aconteceu em janeiro deste ano; vídeo divulgado pela Polícia Civil mostra momento exato do assassinato
Jadilson Conceição Gomes, Gleiciane Jesus Sá, Rodrigo Braga de Oliveira e Everton de Oliveira Vieira. (Divulgação | Polícia Civil)

A rentabilidade não foi suficiente, por isso, os agiotas propuseram uma nova negociação. Nesse ponto, por causa dos juros, a dívida já estava em R$ 200 mil.

"Ela seria paga em 10 parcelas de 20 mil reais. Como a vítima não conseguiu pagar, eles decidiram ceifar a vida da vítima", explicou o delegado.

Empresário seria sequestrado

Os agiotas se reuniram com os comparsas para bolarem um plano. Inicialmente, a ideia era sequestrar o empresário e executá-lo em outro local. Mas, por causa da grande quantidade de pessoas que ficava no Taberna, isso não seria possível.

O casal prometeu pagar R$ 100 mil para que o atirador Rodrigo fizesse o serviço. 

Mais ou menos uma hora antes, Everton, o braço direito dos agiotas, foi até o Taberna. "Ele foi responsável por intermediar o encontro com a vítima e colher a assinatura da vítima para um termo que dava o direito deles retirarem os bens móveis do Taberna caso o pagamento não fosse honrado. Além disso, ele foi responsável por segurar a vítima na entrada até a chegada do Rodrigo", disse Sandi Mori.

Rodrigo foi ao local em um carro dirigido por Asclepiades. Ele atirou sete vezes no empresário e fugiu. Inicialmente, foi para Prado, na Bahia, e depois se escondeu no Mato Grosso do Sul, onde foi preso.

Os criminosos foram capturados em ações entre os meses de outubro e dezembro deste ano. Todos foram indiciados por homicídio qualificado por motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima, além de associação criminosa. Ele já são réus em ação penal.

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