Um empresário de 29 anos foi preso na Praia da Costa, em Vila Velha, suspeito de aplicar o golpe da "falsa carta de crédito" na venda de veículos. De acordo com as investigações da Polícia Civil, pelo menos 30 pessoas foram vítimas do criminoso, um prejuízo que, somado, chega a meio milhão de reais. A prisão aconteceu na quinta-feira (10), mas o resultado foi divulgado durante coletiva de imprensa somente nesta quinta (17).
Segundo o delegado Douglas Vieira, titular da Delegacia Especializada de Crimes de Defraudações e Falsificações (Defa), o criminoso começava o golpe oferecendo uma carta de crédito às vítimas, que era falsa. Em seguida, o cliente, acreditando que iria realizar o sonho de comprar um carro, pagava um valor de entrada da carta e o empresário estipulava um prazo de até sete dias para que a vítima retirasse o crédito. "Nada do carro e nada do crédito. Eles iam procrastinando, passavam até 60 dias e o cliente desistia da compra, ficando sem o valor da entrada, sem o crédito e sem nada", disse o delegado. O nome do suspeito não foi divulgado pela polícia.
Quando o cliente questionava o motivo do carro não estar disponível, ele dizia que o veículo já tinha sido vendido mas que tinha outro disponível em uma revenda. Para tranquilizar as vítimas, ele as levava até uma concessionária e mostrava um automóvel do mesmo modelo.
Das 30 vítimas, duas tiveram um prejuízo de R$ 150 mil. O empresário foi indiciado por estelionato e encaminhado para o Centro de Detenção Provisória de Viana. As três empresas que ele gerenciava também foram fechadas.
É preciso ficar atento com relação às cartas de crédito. "Em um consórcio, há duas formas de você ter a carta de crédito. Uma é por sorteio e a outra é por lance. Se você ver uma empresa que fica vendendo 'a rodo' várias cartas de crédito contempladas desconfie, porque isso é um golpe. Então todo cuidado é pouco", orientou o delegado.
*Com informações de Diony Silva e g1 ES
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