O empresário e morador de Itarana Gildomar Perin, de 60 anos, que teve o corpo encontrado na quinta-feira (23) após ser dado como desaparecido desde o último sábado (18), em Vitória, mantinha relacionamento sexual havia sete meses com um adolescente de 16 anos que participou de agressões e da carbonização do corpo dele. Segundo revelado pela Secretaria de Segurança Pública e Polícia Civil em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (24), Gildomar morava em Itarana e tinha o costume de ficar em Vitória durante os finais de semana.
No último sábado (18), o empresário encontrou-se com o adolescente de 16 anos. Eles teriam ficado juntos do meio-dia às 17h. Após esse horário, Gildomar levaria o adolescente embora para casa. No meio do caminho, quando o adolescente e o empresário estavam dentro do carro, um jovem de 18 anos rendeu Gildomar, fingindo estar armado. Os dois levaram o homem até uma área de Jacaraípe, na Serra. Gildomar foi agredido com golpes de madeira. Após as agressões, o adolescente de 16 anos e o jovem de 18 fugiram, deixando o empresário em um barranco. Segundo a polícia, o pensamento dos dois naquele momento era que o empresário já estava morto.
De acordo com o titular da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra, delegado Rodrigo Sandi Mori, que foi acionado e interrogou o adolescente na madrugada de quinta (23), o jovem de 18 anos, identificado como Kaike Teófilo da Silva, não tinha relações com Gildomar. O jovem veio de Angra dos Reis-RJ para relacionar-se com o adolescente de 16 anos. Segundo a polícia, Kaike tem passagens por tráfico de drogas no Rio de Janeiro.
Ainda conforme divulgado pela polícia, Gildomar Perin não reagiu durante o crime, quando estava no carro, e ainda disse ao adolescente e ao jovem que pararia em um caixa eletrônico e daria dinheiro para os dois.
Após as agressões, inclusive com pedaço de madeira, os dois fugiram com o carro de Gildomar, veículo que foi encontrado pela Guarda Municipal na terça-feira (21). Eles teriam rodado por vários locais, segundo a polícia.
Na noite de segunda-feira (20), o adolescente de 16 anos encontrou-se com outro indivíduo para combinar de colocar fogo no corpo de Gildomar. Eles compraram combustível e atearam fogo no corpo no início da madrugada de terça-feira (21). Havia uma promessa de dinheiro para que o terceiro indivíduo participasse do crime.
Na segunda-feira (20), dois dias após a morte de Gildomar, o cartão do empresário ainda teria sido usado para compras feitas pelos acusados da morte.
Ao todo, três pessoas foram detidas:
Ainda durante a apuração do caso, o adolescente informou à polícia que encontrava-se aos finais de semana com o empresário havia sete meses. O encontro entre os dois custava R$ 300. Ainda segundo a polícia, foi o adolescente que informou o local onde estava o corpo de vítima.
Dia 18 (sábado): empresário e adolescente de 16 anos se encontraram durante a tarde. Ao fim do encontro, jovem de 18 anos rende motorista, e os dois levam o homem para Jacaraípe, na Serra. Em uma região afastada, o adolescente e o jovem batem e matam Gildomar Perin
Dia 20 (segunda): cartão de Gildomar Perin é usado para compras. O empresário estava morto, enquanto o adolescente usava o dinheiro e o cartão da vítima
Dia 21 (terça): o adolescente de 16 anos convidou uma terceira pessoa, um jovem de 24 anos, para colocar fogo no corpo de Gildomar Perin. O empresário teve o corpo queimado no início da madrugada de terça-feira
Dia 21 (terça): Guarda Municipal flagra dois suspeitos em carro de Gildomar durante a tarde. Veículo do modelo Ônix branco estava na Ilha do Frade, em Vitória
Dia 23 (quinta-feira): corpo de Gildomar Perin é encontrado durante ação da DHPP da Serra
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