Uma loja de celulares teve um prejuízo de R$ 100 mil depois que assaltantes levaram todo o estoque em um assalto que ocorreu nesta segunda-feira (23). Durante a ocorrência, o dono do estabelecimento e as duas atendentes que estavam no local — que fica no bairro Serra Sede, na Serra — foram presos em um cômodo enquanto os dois suspeitos faziam uma limpa nas gavetas e nas prateleiras.
Antes de anunciarem o roubo, a dupla se passou por clientes, momento registrado pela câmera de monitoramento que fica no teto. Enquanto um deles pegava água, o outro sentou em frente a uma das atendentes e fingiu pegar algo na bolsa, mas tirou uma arma de fogo.
Após saírem do espaço de vendas, Alan tentou ir atrás dos assaltantes para ver para onde iriam, mas as colegas de trabalho o seguraram. Mesmo não conseguindo ver pessoalmente a direção dos assaltantes, a câmera que fica na porta filmou a dupla andando com calma e sem preocupação. Devido à tranquilidade, o proprietário acredita que alguém esperava os criminosos em um veículo.
"Na hora que eles entraram eu percebi porque foi uma situação atípica. Quem pede água normalmente fica na porta e ele já entra bem nervoso e olhando para cima. Passaram várias coisas na minha cabeça porque sabia o que ia acontecer e tentei me acalmar e não piorar a situação", contou o empresário Alan Rodrigues.
Em conversa com o repórter da TV Gazeta Álvaro Guaresqui, Alan contou que a loja tinha sido reabastecida recentemente para vendas na Black Friday e já era o começo da preparação para as vendas de final de ano. O comerciante afirmou que é o momento de dar um passo para trás para poder recomeçar.
“As meninas tinham acabado de catalogar tudo que tinha chegado. Eu comecei de pouquinho a pouquinho, trabalhei sozinho, não tinha funcionário nenhum, era eu que entregava, fazia nota fiscal. Não estou grande, mas para mim, que veio de baixo aqui e hoje tenho uma loja já estou no lugar que eu nunca imaginei chegar, então para mim onde eu estou é muito. Agora, vou me reerguer e tenho ajuda de amigos e fornecedores que já me ligaram oferecendo apoio“, desabafou.
O prejuízo para a saúde mental é outro impacto do assalto. O empresário comentou que qualquer um que chega na porta da loja acaba o assustando. Para o comerciante, isso é um trauma imensurável e nem sabe quando vai durar, mas vai procurar ajuda e seguir em frente para tudo ficar bem.
Apesar de toda a situação, o empresário tem esperança, e espera conseguir em um ou dois anos estar voltar à situação que se encontrava antes do roubo.
A Polícia Militar foi demandada pela reportagem, mas disse que não há registros sobre a ocorrência. No entanto, o empresário afirmou ao repórter Álvaro Guaresqui que ligou para o 190, mas a polícia não apareceu. Acionada novamente, a PM disse que é necessário o número de telefone pelo qual foi feita a denúncia, pois "sem o número de telefone não conseguimos verificar se houve o chamado junto ao Ciodes".
A Polícia Civil orientou que a ocorrência seja registrada para que a investigação seja iniciada. Ressaltou ainda que denúncias podem ser feitas de forma anônima via telefone 181.
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