A enfermeira Íris Rocha de Souza, de 30 anos, grávida moradora da Serra que foi assassinada a tiros em Alfredo Chaves, no Sul do Espírito Santo, foi enterrada com a bebê de 8 meses no ventre na manhã desta terça-feira (16). Ela também deixou um filho de 8 anos. O corpo da vítima foi encontrado na última quinta-feira (11) em uma estrada de chão na localidade de Iracema, com duas marcas de perfuração por arma de fogo e coberto por cal.
Durante o velório no Cemitério Jardim da Paz, na Serra, familiares de Íris conversaram com o repórter Caíque Verli, da TV Gazeta. Eles explicaram que a bebê chegou a passar por autópsia e foi recolocada no ventre da mãe, para ser sepultada junto dela.
O corpo de Íris foi encontrado na quinta-feira (16), numa estrada rural que liga Matilde a São Bento de Urânia. Os agentes disseram que a identificação da vítima era difícil, já que ela estava coberta de cal, mas foi possível constatar as duas marcas de tiros.
No local foram encontradas cinco cápsulas de pistola calibre .40. O corpo foi encaminhado para o Serviço Médico Legal (SML) de Cachoeiro de Itapemirim, mas, segundo parentes, os familiares só foram comunicados na segunda-feira (15).
Íris morava em Jacaraípe, na Serra. Os familiares disseram que não havia motivos para ela estar em Alfredo Chaves, já que a enfermeira não costumava ir para lá e nem tinha parentes na cidade.
A Polícia Civil informou que "o fato segue sob investigação da Delegacia de Polícia (DP) de Alfredo Chaves. Para que a apuração seja preservada, nenhuma outra informação será repassada".
Íris fazia mestrado na área de Ciências Fisiológicas da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). A instituição publicou uma nota de pesar. "Ela parte deixando-nos muitas lições de coragem e resistência, mas também um sorriso permanente a qualquer um que a encontrasse. Que a família e amigos tenham consolo e serenidade para atravessar esta tempestade."
O Conselho Regional de Enfermagem do Espírito Santo (Coren-ES) também lamentou. "É com um sentimento de consternação e tristeza que recebemos a notícia do falecimento da Íris. Esse caso deixa um vazio imensurável na Enfermagem do Espírito Santo. Expressamos nossas condolências aos familiares, amigos e colegas de trabalho, e nos solidarizamos nesse momento de dor e perda", disse Wilton José Patrício, presidente do conselho.
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