Um crime que aconteceu no dia 16 de janeiro na Praia do Ermitão, em Guarapari, se tornou um dos assuntos mais comentados na internet nos últimos dias. A jovem de 20 anos relatou à polícia que, após ir até o local com o namorado para fazer um luau, os dois consumiram drogas e bebidas alcoólicas, e acordaram com marcas de agressão. Ela disse que teve um apagão e não se lembra do que aconteceu.
O rapaz de 21 anos teve o abdômen perfurado e parte do intestino exposto. Ele está internado no hospital e diz que foi atacado por um grupo de pessoas em uma tentativa de assalto.
O caso ainda é um mistério para a Polícia Civil. Vários questionamentos estão sem respostas, entre eles a autoria e a motivação do crime.
As imagens de monitoramento do Parque do Morro da Pescaria, que dá acesso à praia, foram recolhidas e devem ajudar na investigação.
Parte desse conteúdo foi obtido por A Gazeta e mostra o momento em que o casal chega ao parque, por volta das 21h do dia 15, e depois, quando o rapaz é socorrido pelo Samu, às 6h do dia 16. Foi um intervalo de 9 horas.
Confira uma cronologia dos fatos com base no que as imagens mostram e no que diz o advogado que representa as duas famílias, Lécio Machado.
(21h01) - Chegada ao parque
(02h) Jovem recebe ligação da mãe
(4h22) Pai da menina vai até o local
(6h) Resgate chega ao local
De acordo com o advogado Lécio Machado, enquanto o rapaz aguardava por socorro, a namorada dele foi com a mãe até o Batalhão da Polícia Militar registrar a ocorrência. Em seguida, elas foram até a casa da família do rapaz para contar o que aconteceu. Juntas, elas teriam voltado ao parque. Nesse momento, o rapaz já tinha sido socorrido pelo Samu.
A mãe, então, levou a filha para a UPA de Guarapari. Mas, por causa da demora para serem atendidas, elas foram para o Hospital Maternidade Anchieta onde a menina recebeu atendimento médico.
Já o rapaz foi encaminhado para o Hospital de Urgência e Emergência, em Vitória. Depois, foi transferido para o Vitória Apart Hospital, na Serra.
A investigação está sendo conduzida pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Guarapari. Até o momento, foram colhidos os depoimentos de dois vigias do parque municipal, da menina de 20 anos e dos pais dela. O jovem de 21 anos deve prestar depoimento à polícia quando receber alta hospitalar, segundo o advogado.
Para a polícia, o casal é considerado vítima. O objeto usado para o corte, as circunstâncias da agressão, e em que momento houve o ataque são alguns dos questionamentos que a investigação da Polícia Civil pretende esclarecer. As famílias do casal afirmam que eles foram atacados numa tentativa de latrocínio.
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