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Entenda a cronologia do crime que deixou jovem com barriga aberta em Guarapari

Entenda a cronologia do crime que deixou jovem com barriga aberta em Guarapari

Caso aconteceu no dia 16 de janeiro. Rapaz de 21 anos conta que acordou com abdômen perfurado e parte do intestino exposto após sofrer um ataque

Publicado em 3 de fevereiro de 2022 às 10:28

Um crime que aconteceu no dia 16 de janeiro na Praia do Ermitão, em Guarapari, se tornou um dos assuntos mais comentados na internet nos últimos dias. A jovem de 20 anos relatou à polícia que, após ir até o local com o namorado para fazer um luau, os dois consumiram drogas e bebidas alcoólicas, e acordaram com marcas de agressão. Ela disse que teve um apagão e não se lembra do que aconteceu. 

O rapaz de 21 anos teve o abdômen perfurado e parte do intestino exposto. Ele está internado no hospital e diz que foi atacado por um grupo de pessoas em uma tentativa de assalto

O caso ainda é um mistério para a Polícia Civil. Vários questionamentos estão sem respostas, entre eles a autoria e a motivação do crime.

As imagens de monitoramento do Parque do Morro da Pescaria, que dá acesso à praia, foram recolhidas e devem ajudar na investigação.

Parte desse conteúdo foi obtido por A Gazeta e mostra o momento em que o casal chega ao parque, por volta das 21h do dia 15,  e depois, quando o rapaz é socorrido pelo Samu, às 6h do dia 16.  Foi um intervalo de 9 horas. 

Confira uma cronologia dos fatos com base no que as imagens mostram e no que diz o advogado que representa as duas famílias, Lécio Machado. 

NOITE DO DIA 15 DE JANEIRO

(21h01) - Chegada ao parque

  • Imagens mostram o casal chegando ao Parque do Morro da Pescaria. Como o local estava fechado desde às 16h, eles entraram pela lateral, por um caminho alternativo nas pedras para seguir para a Praia do Ermitão;
  • Ela usava short e um top, e ele bermuda e camiseta e carregava uma mochila;
  • Eles usavam um objeto para iluminar o caminho, que parece um celular;
  • No local havia três pessoas sentadas próximo à portaria.

MADRUGADA DE 16 DE JANEIRO

(02h) Jovem recebe ligação da mãe

  • Segundo o advogado que representa as duas famílias, a menina acorda com uma ligação da mãe por volta das 2h. Ele grita e pede por socorro;
  • A mãe ouve a voz do rapaz dizendo que estavam no Parque Morro da Pescaria;
  • A mãe pega o carro e vai ao local, onde encontra o parque fechado;
  • A mulher teria pedido ajuda a jovens que estavam nas proximidades da portaria. Juntos, eles rodaram nas imediações e laterais do parque, mas sem conseguir localizar o casal;
  • Como a ligação caiu, a mãe retornou para casa, acordou o marido e explicou o que acontecia.

(4h22) Pai da menina vai até o local

  • Segundo o advogado, o pai da jovem chegou no parque no momento em que a filha chegou à portaria pedindo ajuda;
  • Pai e filha, além de um vigia, foram até a Praia do Ermitão socorrer o rapaz;
  • A jovem teria ficado esperando a mãe em um banco,  com o celular do pai.

(6h) Resgate chega ao local

  • Nas imagens, é possível ver um homem correndo no parque (ele seria o pai da menina);
  • Minutos depois, o rapaz é retirado do parque ao lado dos socorristas;
  • Ele é transportado em um quadriciclo pela trilha;
  • Na cena, há um homem que acompanha tudo o que acontece. A identidade dele não foi divulgada.

De acordo com o advogado Lécio Machado, enquanto o rapaz aguardava por socorro, a namorada dele foi com a mãe até o Batalhão da Polícia Militar registrar a ocorrência. Em seguida, elas foram até a casa da família do rapaz para contar o que aconteceu. Juntas, elas teriam voltado ao parque. Nesse momento, o rapaz já tinha sido socorrido pelo Samu. 

A mãe, então, levou a filha para a UPA de Guarapari. Mas, por causa da demora para serem atendidas, elas foram para o Hospital Maternidade Anchieta onde a menina recebeu atendimento médico. 

Já o rapaz foi encaminhado para o Hospital de Urgência e Emergência, em Vitória. Depois, foi transferido para o Vitória Apart Hospital, na Serra. 

DEPOIMENTOS

A investigação está sendo conduzida pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Guarapari. Até o momento, foram colhidos os depoimentos de dois vigias do parque municipal, da menina de 20 anos e dos pais dela. O jovem de 21 anos deve prestar depoimento à polícia quando receber alta hospitalar, segundo o advogado.

Para a polícia, o casal é considerado vítima. O objeto usado para o corte, as circunstâncias da agressão, e em que momento houve o ataque são alguns dos questionamentos que a investigação da Polícia Civil pretende esclarecer. As famílias do casal afirmam que eles foram atacados numa tentativa de latrocínio.

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