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ES registra 16 homicídios e nenhum feminicídio no Carnaval 2023

ES registra 16 homicídios e nenhum feminicídio no Carnaval 2023

Na comparação com o ano passado, houve um aumento de dois assassinatos; número divulgado pela Sesp é o segundo menor da série histórica, iniciada em 2001

Publicado em 23 de fevereiro de 2023 às 12:57

Espírito Santo registra 16 homicídios no Carnaval 2023 Crédito: Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Sesp)

O Espírito Santo registrou 16 homicídios no carnaval deste ano – o segundo menor índice desde 2001. No entanto, na comparação com 2022, quando as festas de rua foram canceladas devido à pandemia de Covid-19, houve uma piora do indicador, com dois assassinatos a mais. Os dados da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp) compreendem o período entre as 18h de sexta-feira (17) e 23h49 dessa quarta-feira (22). 

Do total de homicídios registrados durante o último carnaval, sete ocorreram na Grande Vitória, três na Região Norte, dois na Região Sul, três na Região Noroeste e um na Região Serrana do Estado. Dois desses casos foram em festas: um em Marataízes e outro em Jacaraípe, na Serra.

O secretário de segurança pública do Estado, coronel Alexandre Ramalho, destacou o planejamento das forças de segurança e disse que não existe qualquer clima de comemoração, apenas de reconhecimento pelo resultado alcançado no período festivo mais recente.

"Não queríamos nenhuma morte em nosso carnaval, mas é um período que historicamente temos problemas, pois envolve grandes multidões, consumo em excesso de bebidas e tráfico de entorpecentes"

Alexandre Ramalho

Secretario de Segurança Pública do Espírito Santo

“A grande maioria dos problemas que registramos foi fora do horário das administrações municipais, dos blocos e festas oficiais. Entendemos que, dentro do possível, oferecemos segurança a quem veio curtir no Espírito Santo. Agora, vamos trabalhar para manter índices baixos no nosso dia a dia", declarou.

Carnaval sem feminicídio

Durante os últimos dias de folia, nenhuma mulher foi assassinada, seja por causa do próprio gênero (feminicídio) ou por qualquer outro fator. A Sesp destacou que o Estado apresenta redução de homicídios do sexo feminino, sendo oito casos em janeiro deste ano, contra 15 no mesmo mês do ano passado.

“Esse, sim, é um dado a se comemorar. Nenhuma morte de mulher nesse período, em que elas sofrem tanto com assédio e a questão da violência doméstica. Temos que conseguir tornar essa situação normal. Ninguém é dono de ninguém, e o feminicídio é um crime de covardia. Essa cultura tem que acabar”, ressaltou Alexandre Ramalho.

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