O Espírito Santo registrou 16 homicídios no carnaval deste ano – o segundo menor índice desde 2001. No entanto, na comparação com 2022, quando as festas de rua foram canceladas devido à pandemia de Covid-19, houve uma piora do indicador, com dois assassinatos a mais. Os dados da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp) compreendem o período entre as 18h de sexta-feira (17) e 23h49 dessa quarta-feira (22).
Do total de homicídios registrados durante o último carnaval, sete ocorreram na Grande Vitória, três na Região Norte, dois na Região Sul, três na Região Noroeste e um na Região Serrana do Estado. Dois desses casos foram em festas: um em Marataízes e outro em Jacaraípe, na Serra.
O secretário de segurança pública do Estado, coronel Alexandre Ramalho, destacou o planejamento das forças de segurança e disse que não existe qualquer clima de comemoração, apenas de reconhecimento pelo resultado alcançado no período festivo mais recente.
“A grande maioria dos problemas que registramos foi fora do horário das administrações municipais, dos blocos e festas oficiais. Entendemos que, dentro do possível, oferecemos segurança a quem veio curtir no Espírito Santo. Agora, vamos trabalhar para manter índices baixos no nosso dia a dia", declarou.
Durante os últimos dias de folia, nenhuma mulher foi assassinada, seja por causa do próprio gênero (feminicídio) ou por qualquer outro fator. A Sesp destacou que o Estado apresenta redução de homicídios do sexo feminino, sendo oito casos em janeiro deste ano, contra 15 no mesmo mês do ano passado.
“Esse, sim, é um dado a se comemorar. Nenhuma morte de mulher nesse período, em que elas sofrem tanto com assédio e a questão da violência doméstica. Temos que conseguir tornar essa situação normal. Ninguém é dono de ninguém, e o feminicídio é um crime de covardia. Essa cultura tem que acabar”, ressaltou Alexandre Ramalho.
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