A morte da menina Alice, de três anos, que foi morta no último domingo (9) enquanto brincava no quintal de sua casa no bairro Dom João Batista, em Vila Velha, se soma a outras histórias de dor e de sofrimento de outras famílias capixabas, que também perderam seus entes de forma semelhante. Um levantamento feito pela TV Gazeta mostra que de 2018 até agora, pelo menos 12 pessoas foram assassinadas, vítimas de balas perdidas no estado.
Alzeni do Rosário ainda se lembra bem do dia em que sua neta, Karolaine da Silva, saiu por instantes de casa para nunca mais voltar com vida. A jovem tinha apenas 18 anos quando, em abril de 2018, ficou no meio de uma troca de tiros entre policiais e criminosos no bairro Porto Novo em Cariacica. Ela foi atingida por um disparo na cabeça.
Também em Cariacica, em 2018, um morador também morreu vítima de uma bala perdida. Ele estava fazendo uma oração na varanda de casa.
E casos de bala perdida foram se repetindo de lá pra cá. Adolescentes, crianças, filhos, pais, mães. O último caso aconteceu no domingo com a pequena Alice, que brincava no quintal de sua casa quando um jovem invadiu a residência para fugir de um criminoso. Durante a troca de tiros a menina foi atingida por pelo menos dois disparos.
Nesta terça-feira (11), o adolescente que era alvo dos disparos foi localizado e prestou depoimento na condição de vítima de tentativa de homicídio. Diligências seguem em andamento, com equipes nas ruas realizando outras buscas em diversos pontos para encontrar o autor do assassinato de Alice.
A morte de Alice está sendo investigada, mas assim como em praticamente todos os casos relatados, as famílias das vítimas querem apenas que alguém seja responsabilizado pelas mortes. Que a polícia investigue, prenda e que a justiça seja feita para os assassinos.
Procurada pela reportagem, a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) não informou quantas investigações resultaram na prisão de homicidas em casos de balas perdidas. Em nota, disse:
"A Secretaria da Segurança Pública do Estado ressalta que, desde o ano passado, com a retomada do programa Estado Presente, há o monitoramento periódico de todos os dados de criminalidade e as ações são planejadas em cima dessas estatísticas. Em 2019 houve a maior redução de homicídios no Estado, desde 1992, com menos de mil casos, e o trabalho é contínuo para aumentar a sensação de segurança dos moradores. Vale destacar que a população tem importante contribuição no sentido de auxiliar o trabalho policial com informações e o anonimato é garantido voa Disque-denúncia 181".
* Com informações do G1 ES
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