O homem conhecido como “Pablo Escobar brasileiro” é alvo de mais um mandado de prisão relacionado ao tráfico internacional de drogas, nesta terça-feira (14). Dessa vez, em operação deflagrada pela Polícia Federal do Espírito Santo. Sérgio Roberto de Carvalho é apontado como o líder do grupo criminoso que tentava enviar drogas para a Europa pelos portos capixabas.
O “Escobar brasileiro” é um ex-major da Polícia Militar do Mato Grosso do Sul e já foi preso em 2020, mas pagou fiança e foi liberado. Em 21 de junho de 2022, ele foi preso novamente, na Hungria, conforme apuração do portal g1. Contra ele já existiam mandados de prisão expedidos no Paraná e em Mato Grosso.
O delegado Victor dos Santos Baptista explicou, nesta terça-feira (14), que as investigações da Polícia Federal do Espírito Santo contra o ex-major foram iniciadas após a apreensão de 350 kg de cocaína escondidos em chapas de granito, na cidade de Cachoeiro de Itapemirim, em outubro de 2021.
Seis meses depois, a PF encontrou 892 kg da mesma droga inseridas em sacas de café, na cidade de Santos (SP). Essas duas ocorrências, segundo as investigações, foram comandadas diretamente por ele e tinham a Europa como próximo destino para os entorpecentes.
Além do “Escobar brasileiro”, a Operação Chapa Branca prendeu quatro pessoas em São Paulo, Paraná, Pernambuco e Espírito Santo – mais especificamente em Colatina, onde um empresário do ramo de café foi preso. Outros 14 mandados de busca e apreensão também foram cumpridos nesses Estados e em Santa Catarina.
Superintendente da Polícia Federal no Espírito Santo, Eugênio Ricas afirmou que o ex-major é o principal alvo dessa operação e, mesmo da Hungria, tinha "tentáculos" em lugares do Brasil e, por isso, a importância dessa nova ação no combate ao tráfico internacional de drogas.
Ele também explicou que a ação contou com a participação de policiais de cinco Estados, do Drug Enforcement Administration (DEA - Administração de Fiscalização de Drogas, na tradução livre em português), dos Estados Unidos, e da Receita Federal brasileira.
“Se o crime organizado não respeita fronteiras, é preciso que as instituições policiais do Estado brasileiro atuem em conjunto e contem com apoio internacional para conseguir sucesso nesse tipo de investigação”, declarou.
“Com a operação de hoje, a gente conseguiu apreender muitos veículos de luxo, embarcações, celulares, armas e valores, que se prestam a descapitalizar a organização criminosa. É uma estratégia para evitar que ela, mesmo com o integrantes presos, continue atuando”, finalizou.
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