A menina de 5 anos que deu entrada na noite desta segunda-feira (24) em uma unidade de pronto-atendimento de Linhares, no Norte do Espírito Santo, com sinais de agressão física e sexual e foi transferida para um hospital de Colatina permanece na UTI e está em estado crítico. A informação foi confirmada pelo delegado Fabrício Lucindo na tarde desta terça-feira (25).
Quando foi atendida, a criança apresentava sinais de abuso sexual, dentes quebrados, lesões semelhantes a mordidas no quadril e no braço esquerdo e olhos roxos, na noite desta segunda-feira (24). Devido à gravidade das lesões, a menina foi transferida para a UTI do Hospital e Maternidade São José, em Colatina. A unidade é referência no atendimento de crianças e informou que não pode detalhar o quadro de saúde da menina.
A criança morava na Bahia, mas há um mês e 15 dias estava sob os cuidados do pai e da madrasta em Linhares. Segundo a polícia, a mãe da menina não mora na cidade, mas veio para o Espírito Santo e já foi ouvida na condição de testemunha. Ela vai acompanhar a filha no hospital.
O chefe da Delegacia Regional de Linhares, Fabrício Lucindo, afirmou ainda que, pelo que foi observado nas fotografias e nos depoimentos das testemunhas que foram à delegacia durante a madrugada desta terça-feira, é possível confirmar que a criança foi espancada.
"Pelas fotografias, pelos depoimentos das testemunhas que vieram à delegacia na madrugada, sim. Essa criança foi espancada. Eça tem lesões que comprovam isso", destacou.
Segundo o delegado, o pai e a madrasta da menina relataram que não a agrediram e que as lesões foram provocadas por um medicamento que ela teria feito uso. Eles não foram presos após o interrogatório.
"O pai e a madrasta foram trazidos para a delegacia, interrogados durante várias horas e o delegado entendeu, nesse momento, que não havia indícios de autoria, mas isso tudo pode mudar durante as investigações nesta semana. A agressão foi confirmada, mas a polícia não encontrou indícios de que teriam sido feitas pelo pai e a madrasta. Se encontrarmos esses indícios, a prisão será pedida", disse o delegado Fabrício Lucindo, que assumiu o caso na manhã desta terça-feira.
Durante esse período de investigação, o pai e a madrasta não podem sair da região de Linhares e ficam à disposição da polícia, caso seja necessário um novo interrogatório.
O delegado afirmou que teve um indicativo do médico que atendeu a criança de que ela pode ter sido vítima de abuso sexual. O resultado dos exames que podem comprovar ou descartar abuso ainda não foram divulgados.
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