Um homem de 29 ano, de São Paulo, é alvo de um inquérito da Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC) do Espírito Santo. Segundo a Polícia Civil, ele é suspeito de usar um perfil no aplicativo Instagram para anunciar a falsa venda de aparelhos celulares e outros eletrônicos, utilizando o Cadastro Nacional de Pessoa Física (CNPJ) de uma empresa capixaba, e aplicar golpes em todo o Brasil. O indivíduo não teve o nome divulgado.
Na última quinta-feira (25), a DRCC, em conjunto com a 4ª Divisão de Crimes Cibernéticos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) da Polícia Civil de São Paulo, realizou uma operação na capital paulista. No apartamento do suspeito foram apreendidos computadores, outros objetos, além de um carro de luxo, avaliado em mais de R$ 150 mil que estava no prédio.
De acordo com o titular da DRCC, delegado Brenno Andrade, as investigações iniciaram em 2020, quando o dono da loja física, que é de Vila Velha, foi a uma delegacia registrar um boletim de ocorrência. Segundo a vítima, vários consumidores que caíram no golpe entraram em contato com sua empresa para reclamar das compras não entregues.
Durante a operação na quinta-feira, a polícia descobriu no celular do suspeito vários perfis falsos que o homem usava para dar credibilidade aos golpes.
Questionado, o suspeito negou o crime e afirmou que tem uma empresa de bronzeamento artificial. No entanto, segundo a polícia, não há movimentação nas redes sociais desta empresa desde 2021. Além disso, policiais foram ao endereço da empresa, que fica em São Paulo, e não a localizou.
Segundo o delegado Brenno Andrade, não se sabe o número exato de vítimas, mas a polícia calcula que podem ser centenas, pois desde 2020 o homem aplicava esses golpes.
Apesar da materialidade das provas, o suspeito não foi preso. Segundo o delegado, em crimes de estelionato não admite prisão temporária e não é possível pedir uma prisão preventiva antes do inquérito finalizar, a não ser em casos de várias vítimas com boletins de ocorrência.
“A gente vai concluir o inquérito e vou pedir a prisão dele. Caso tenha comprado nesta página, faça uma denúncia através do 181 ou procure a Delegacia de Crimes Cibernéticos”, destaca Brenno Andrade.
Atualmente, o perfil do suspeito em rede social mostra o CNPJ de uma loja localizada em Rondônia, Norte do Brasil.
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