Após perder a filha Kemilly Vitória Caldeira Santos, de 9 anos, que morreu baleada na cabeça enquanto brincava na rua, no bairro Ilha da Conceição, em Vila Velha, na noite de quarta-feira (27), Jeane Caldeira comentou a tão dolorosa perda. “Estou dopada de remédio. Fiquei sem coração agora, ela era um dos meus alicerces”, desabafou a mãe da menina em entrevista à repórter Daniela Carla, da TV Gazeta, nesta quinta-feira (28). Durante o ataque a tiros, um adolescente de 17 anos também perdeu a vida.
Bastante abalada, Jeane também comentou como foi a cena do assassinato. “Ela estava brincando na calçada. Eu fui na casa da minha amiga, bem perto. Quando estava voltando, passando no quebra-molas, ouvi os tiros. Entrei em um beco gritando pelas minhas filhas, uma mulher abriu o portão e eu entrei. Depois, com mais barulho de tiro e gritaria, ela abriu e eu saí. Ouvi que ela disse ‘foi a filha da Jeane’, fiquei desesperada”, relatou.
De acordo com apuração da TV Gazeta, o corpo da criança será velado em uma igreja evangélica da região.
Além da criança, um adolescente de 17 anos também foi atingido no tiroteio ocorrido no meio da rua na noite desta quarta-feira (27). Brendesson dos Reis Silva foi morto com um tiro na cabeça. Ele chegou a ser socorrido para o Hospital Evangélico, mas não resistiu. Pessoas que presenciaram o crime afirmam que o jovem tentou fugir dos criminosos, escondendo debaixo de um carro. No entanto, os atiradores o perseguiram, se abaixaram e atiraram contra ele.
Um outro jovem, de 20 anos, também foi baleado nas costas durante o ataque. O pai dele contou que o rapaz havia ido até uma lanchonete para comprar pastéis quando foi atingido. Ele está internado no Hospital Antônio Bezerra de Faria, também em Vila Velha.
O ataque aconteceu na Rua Etero Fábio, em Ilha da Conceição, na Grande Santa Rita. Moradores relataram à polícia que os atiradores chegaram em um carro branco. Dois homens desembarcaram no início da rua e começaram a disparar, provocando uma correria. Cápsulas de calibre 9 milímetros ficaram espalhadas pelo local.
Segundo testemunhas, os ataques na região têm ocorrido com frequência e os moradores são os principais alvos da violência.
A Polícia Civil informou que o caso seguirá sob investigação da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cariacica. Até o momento, nenhum suspeito foi detido e detalhes da investigação não serão divulgados.
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