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Estudante de Medicina preso com drogas em motel de Colatina é solto

Estudante de Medicina preso com drogas em motel de Colatina é solto

Em audiência de custódia, a juíza Silvia Fonseca Silva concedeu liberdade a Marcelo Régis Guerrieri Esperidião, preso no domingo (23) após confusão e flagrante de drogas em motel

Publicado em 26 de março de 2025 às 09:09- Atualizado há 5 dias

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Presídio; prisão; cadeia
Homem deixou prisão após audiência de custódia realizada na terça-feira (25). (Pixabay)

A Justiça concedeu liberdade provisória ao estudante de Medicina de 29 anos preso em flagrante por tráfico de drogas em um motel às margens da BR 259, no bairro Honório Fraga, em Colatina, no Noroeste do Espírito Santo, no último domingo (23). A decisão, assinada pela juíza Silvia Fonseca Silva, foi proferida durante audiência de custódia realizada na terça-feira (25). A Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) informou que Marcelo Régis Guerrieri Esperidião deixou o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Colatina no mesmo dia.

Conforme o Termo de Audiência de Custódia, o Ministério Público do Espírito Santo (MPES) pediu prisão preventiva de Marcelo, enquanto a defesa solicitou a liberdade dele. A juíza entendeu não ser necessário manter o jovem preso e autorizou sua soltura, determinando as seguintes medidas cautelares:

Sobre o caso

Marcelo Régis Guerrieri Esperidião foi detido no domingo (23), após a Polícia Militar ser acionada para atender a uma ocorrência em um motel, onde um cliente estava sendo cobrado pela estadia, mas exigia a emissão da nota fiscal, enquanto os funcionários alegavam dificuldades para emitir o documento naquele momento.

Ao chegarem ao local, os policiais conversaram com os funcionários, que relataram que o homem estava no estabelecimento havia mais de dois dias e, nesse período, teria recebido diversas visitas, o que os trabalhadores consideraram "estranho". Além disso, informaram que o cliente não aceitava o valor cobrado e insistia na emissão da nota fiscal.

Segundo a PM, o proprietário do motel autorizou a entrada dos militares no quarto onde Marcelo estava hospedado, e eles foram recebidos por ele e outro homem, de 21 anos. "No momento em que o homem abriu a porta, a guarnição sentiu cheiro de maconha e viu um papelote de cocaína em cima de uma mesa. A equipe fez busca pessoal nos dois jovens, mas nada de ilícito foi encontrado com eles. No quarto, os militares localizaram 20 gramas de haxixe, um papelote de cocaína e uma balança de precisão. Ao ser questionado, o cliente do estabelecimento assumiu a propriedade dos ilícitos. A guarnição também encontrou papelotes de cocaína vazios", informou a Polícia Militar.

Suposto aluno de Medicina é preso por tráfico de drogas em motel de Colatina
Drogas, balança e Slick Pad (para uso de haxixe). (Polícia Militar )

Por fim, o homem de 29 anos afirmou aos policiais que era estudante de Medicina e concordou em pagar a conta do motel, mas acabou conduzido à 15ª Delegacia Regional de Colatina por conta dos entorpecentes encontrados no quarto em que ele estava. A Polícia Militar informou que Marcelo possui dois registros de ocorrência por tráfico de drogas. O jovem de 21 anos, que estava no quarto em que o suspeito estava hospedado, disse que havia chegado ao local momentos antes da chegada dos militares e foi liberado. As drogas, um slick pad – para uso e armazenamento de haxixe –, uma balança, e um celular foram apreendidos.

A Polícia Civil informou que Marcelo Régis Guerrieri Esperidião, de 29 anos, foi autuado em flagrante pelo crime de tráfico de drogas. Ele foi encaminhado ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Colatina, onde passou dois dias, sendo foi solto na terça-feira (24), após decisão proferida na audiência de custódia. 

O outro lado

Em nota, o advogado Roger Costa Rodrigues, do escritório Roger Costa Advocacia Criminal, que representa Marcelo, afirmou discordar da autuação feita pela polícia, destacando que “não há qualquer elemento que indique a prática de conduta prevista” no artigo da lei que trata do tráfico de drogas. Além disso, ressaltou que foi o próprio Marcelo “quem acionou a polícia, em razão da recusa do estabelecimento em fornecer nota fiscal para que pudesse efetuar o pagamento devido”.

A defesa argumentou que não foi apreendido com o autuado qualquer dinheiro fracionado e que os policiais “não presenciaram qualquer ato de comércio de ilícitos por parte de seu cliente”.

“Ressaltamos ainda que a quantidade de entorpecentes apreendida não se enquadra na figura do tráfico de drogas, mas sim apenas na condição de usuário”, afirmou o advogado, por meio de nota.

Por fim, a defesa declarou que a inocência do suspeito será demonstrada no curso do processo e a informação fornecida pela polícia, no sentido de que Marcelo possui dois registros por tráfico de drogas, “não condiz com a realidade”. Explicou que ele respondeu a dois processos por uso de entorpecentes, estando ambos arquivados.

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