Uma ex-funcionária de Prefeitura de Rio Bananal, Norte do Espírito Santo, foi presa na última quarta-feira (15) acusada de negociar ilegalmente a regularização de loteamentos. A prisão faz parte da "Operação By Pass", deflagrada pelo Ministério Público do Estado (MPES). Segundo as investigações, Elza Maria da Silva Scuassante atuava no setor tributário do município.
De acordo com o MPES, a ex-servidora era responsável pela avaliação de imóveis. Ela teria prometido facilidades aos loteadores e cobrando, por meio de escritório próprio, pela regularização de terrenos.
Segundo as investigações, a prisão foi necessária porque Elza ainda estaria mantendo o esquema, o que implica na continuidade dos favorecimentos.
Deixá-la em liberdade significaria, na visão do MPES, prejuízo para os cidadãos que buscam a regularização de imóveis de forma lícita e que poderiam se sentir coagidos a contratar os serviços e usar de meios ilegais propostos por ela para a obtenção dos documentos.
As investigações apontam também que a ex-funcionária também exercia grande influência sobre outros servidores que atuam no setor. Após a prisão, ela foi encaminhada para o Centro Prisional Feminino de Colatina, no Noroeste do Estado. Na noite deste sábado (18), a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) confirmou que Elza permanece na unidade.
Em nota enviada na tarde deste sábado (18), o advogado Lucas Scaramussa, que faz a defesa de Elza, afirmou que ela é uma pessoa admirada e respeitada em Rio Bananal e que a prisão é, "no mínimo, uma medida desproporcional e excessiva". Confira a nota na íntegra:
“A Elza é uma pessoa admirada e respeitada na cidade de Rio Bananal, seja pela sua idoneidade moral ou profissional. Não tenho dúvida alguma que a prisão é no mínimo uma medida desproporcional e excessiva. Com respeito vamos tratar do caso junto ao Ministério Público é o Judiciário ao longo da semana, e não tenho dúvida alguma que com serenidade e clareza equívocos ou calúnias e inverdades serão corrigidas”.
A Prefeitura de Rio Bananal informou que Elza era funcionária comissionada da gestão passada e que não tem ligação com a gestão atual.
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