Após passar por exames de DNA e arcada, o corpo de Junia Souza Damasceno Bonfim, de 52 anos, foi identificado pela Polícia Civil nesta terça-feira (25). A dona de casa estava desaparecida desde o dia 13 de maio e seu corpo foi encontrado no último dia 22, próximo ao presídio de Xuri, em Vila Velha, onde ela iria visitar o filho, que está preso.
Na última vez em que foi vista, Junia saiu de Caratoíra, em Vitória, foi até o ponto de ônibus próximo à rodoviária e entrou no coletivo. Depois disso, ninguém sabe o que aconteceu, ela não chegou ao presídio. Nove dias depois, um corpo foi encontrado em um matagal nas proximidades do complexo penitenciário, em Vila Velha, em adiantado estado de decomposição, impedindo a identificação. O corpo foi levado para o Departamento Médico Legal (DML) de Vitória, onde exames foram realizados.
Nesta terça-feira (25), a filha de Junia, Thaís Damasceno, teve a confirmação de que o corpo era da sua mãe. Thaís afirmou que o resultado é um alívio, mas classificou como angustiante a morte da mãe.
"Eu passei muito tempo procurando minha mãe, foram nove dias. De certa forma, foi um alívio achá-la, porque eu pude saber o que aconteceu com ela, mas também é angustiante achar e ver tanta maldade feita para uma pessoa a troco de nada. Minha mãe era uma senhora de 52 anos, teve a vida interrompida por nada", disse.
O enterro de Junia será nesta quarta-feira (26), às 11h, no cemitério de Santo Antônio, em Vitória. Segundo Thaís, o irmão, que está preso em Xuri, vai à funerária Renascer ver o corpo da mãe.
Demandada pela reportagem, a Polícia Civil confirmou que o corpo foi identificado e que o caso segue sob investigação da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM). Até o momento, nenhum suspeito do crime foi detido. Para que a apuração seja preservada, porém, a polícia não passará mais informações.
No dia 13 de maio, Junia Souza Damasceno Bonfim, de 52 anos, saiu de casa, no bairro Caratoíra, em Vitória, às 12h40, e embarcou em um ônibus, próximo a Rodoviária de Vitória. Ela ia visitar o filho que está preso no complexo penitenciário de Xuri, mas não deu entrada no local. O desaparecimento completou oito dias na sexta-feira (21) e a família estava desesperada sem saber o que havia acontecido. Até um boletim de ocorrência de desaparecimento foi registrado.
Thaís contou que a mãe nunca havia sumido. "Ela não faz isso. O amor que ela tem por mim e por meu irmão é imenso, nunca deixaria a gente. Está difícil, minha mãe que era a alma da casa, tínhamos a base nela para tudo, nos dava força e ajudava em tudo. Temos esperança que vai aparecer", disse, um dia antes de localizarem o corpo.
Para chamar atenção para o caso, a família e os amigos de Junia chegaram a fazer uma passeata no Centro de Vitória segurando faixas com o nome da desaparecida.
Na manhã de sábado (22), o corpo de uma mulher foi encontrado nas proximidades do Complexo Penitenciário Estadual, localizado em Xuri, Vila Velha. Algumas peças de roupa estavam faltando, segundo policias que atenderam a ocorrência. O corpo foi encontrado por agentes prisionais e estava em um matagal, nas proximidades do presídio.
Devido ao adiantado estado de decomposição, não foi possível identificar quem era a vítima, nem mesmo apontar as causas da morte no local. O corpo foi encaminhado ao Departamento Médico Legal (DML), em Vitória.
A filha de Junia, Thaís Damasceno, esteve no Departamento Médico Legal (DML) no último sábado (22) acompanhada do marido da dona de casa. Devido ao adiantado estado de decomposição do corpo, não foi possível fazer o reconhecimento visual na ocasião. No entanto, em entrevista à TV Gazeta, Thaís afirmou que acreditava ser a mãe, pois as roupas e o chinelo encontrados junto ao corpo eram os mesmos que a mãe usava no dia em que foi vista pela última vez.
Thaís já desconfiava que a mãe havia sumido no trajeto para o presídio, uma vez que ela havia saído de casa dizendo que visitaria o filho, que está preso. "Fomos até o presídio na noite de quinta-feira (13). Um agente do regime semiaberto nos trouxe o papel que as visitas assinam. O papel do meu irmão, que está preso há sete anos, estava em branco. Retornei a Xuri na sexta (14) falei com o meu irmão e ele confirmou que ela não tinha ido lá", contou na sexta-feira, antes do encontro do cadáver.
Após passar por exames de DNA e arcada, o corpo foi identificado como sendo de Junia. A filha recebeu a confirmação nesta terça-feira (25). O enterro foi marcado para quarta-feira (26).
O caso segue em investigação pela Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM).
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