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Explosão de carro em Vitória completa um ano e caso ainda é mistério

Explosão de carro em Vitória completa um ano e caso ainda é mistério

Prazos dados à Polícia Civil para a conclusão das investigações já foram prorrogados três vezes. Veículo pegou fogo enquanto trafegava no dia 30 de outubro de 2020, matando o empresário Ricardo Portugal

Publicado em 17 de novembro de 2021 às 16:13

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No final de outubro de 2020, um Jeep Compass explodiu enquanto trafegava pela Avenida Adalberto Simão Nader, em Vitória. O momento exato da explosão foi capturado por câmeras e gerou um questionamento principal: qual foi a causa da explosão do carro? No entanto, mais de um ano depois, essa resposta ainda não veio à tona.

O acidente — que causou a morte do motorista, o empresário Ricardo Portugal, de 38 anos — segue sendo investigado pela Delegacia de Delitos de Trânsito (DDT), que já pediu três vezes para que o prazo de entrega do inquérito policial fosse prorrogado, sendo que o último pedido foi feito há cerca de três meses.

Em nota, a Polícia Civil informou que, por enquanto, não houve nenhum indiciamento. Ou seja, ninguém foi apontado como responsável pelo incêndio no automóvel. "Outras informações não serão divulgadas, uma vez que o inquérito ainda está em andamento e tem caráter sigiloso", disse a corporação após ser novamente demandada pela reportagem sobre o assunto.

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Durante este um ano de trabalho investigativo, a Polícia Civil chegou a solicitar e receber o apoio da Polícia Federal que, em nota, explicou que avaliou a ocorrência baseada nos relatos e fotos feitas pelo perito e orientou como efetuar coleta de possíveis vestígios para busca de materiais químicos no local.

"Após a coleta, encaminhamos o material para o Instituto Nacional de Criminalística para análise e busca por resíduos de substâncias químicas possivelmente relacionados ao fato. As análises realizadas não identificaram a presença de explosivos ou resíduos de pós-explosão", detalhou.

Conforme informado pela própria PF, o combate ao incêndio pode ter interferido nos vestígios do acidente, já que estes acabaram sendo "lavados" pelo Corpo de Bombeiros para que o fogo fosse apagado. O questionamento sobre causas descartadas e suspeitas não foi respondido.

A reportagem de A Gazeta demandou o Ministério Público do Espírito Santo (MPES) para saber qual seria o novo prazo para entrega do inquérito policial e demais detalhes, visto que já houve acesso ao documento anteriormente. Porém, ao longo das últimas duas semanas, o órgão não retornou o contato.

Já a empresa responsável pela fabricação do carro Jeep Compass, que era dirigido pelo empresário Ricardo Portugal no momento do acidente, a Fiat Chrysler Automobiles (FCA) disse apenas que "aguarda o encerramento do inquérito".

UM ANO DE MISTÉRIO: RELEMBRE O CASO

Por volta das 12h30 do dia 30 de outubro os Bombeiros foram acionados para atender a uma ocorrência de incêndio próximo ao Aeroporto de Vitória. Inicialmente, as informações eram de que um carro teria pegado fogo após o motorista ter perdido o controle da direção e batido o automóvel em árvores.

Explosão de carro em Vitória completa um ano e caso ainda é mistério

Porém, algumas horas depois, imagens captadas pela câmera de segurança de uma loja de computadores mostraram que as chamas começaram enquanto o veículo trafegava, sem qualquer tipo de colisão. Outros vídeos também mostram o desespero de quem estava no local e tentou ajudar o motorista a sair do carro.

O condutor morto foi identificado como o empresário Ricardo Portugal, de 38 anos. Familiares dele garantiram que não havia nenhum tipo de material explosivo no interior do automóvel e que o veículo havia passado por uma revisão na concessionária autorizada apenas 15 dias antes do acidente.

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