Após mais de seis meses da explosão de um veículo que matou Ricardo Portugal em 30 de outubro de 2020, em Vitória, a Polícia Civil informou à reportagem de A Gazeta nesta quarta-feira (12) que concluiu a perícia no veículo que explodiu e encaminhou o laudo à Delegacia de Delitos de Trânsito (DDT), para ser incluído no Inquérito Policial. Segundo a corporação, o veículo encontra- se em poder da Polícia Civil e está à disposição dos familiares da vítima para a retirada.
O empresário, na época com 38 anos, dirigia o próprio veículo, um Jeep Compass, pela Avenida Adalberto Simão Nader quando o SUV explodiu em movimento. Na sequência, o veículo foi consumido pelas chamas e o condutor morreu carbonizado por não ter conseguido se desprender do cinto de segurança. Veja abaixo o vídeo que mostra o momento da explosão.
Apesar da confirmação da conclusão da perícia e do envio do laudo à DDT, que tem como titular o delegado Maurício Gonçalves, a Polícia Civil informou que "informações sobre a perícia e o andamento da investigação não serão divulgadas neste momento, uma vez que o Inquérito Policial ainda está em andamento e tem caráter sigiloso".
Através de nota, a PC informou ainda que "até a presente data, não houve nenhum indiciamento" e que "o veículo encontra- se em poder da Polícia Civil e está à disposição dos familiares da vítima para a retirada. O advogado da família já foi comunicado".
A Gazeta entrou em contato com a viúva de Ricardo, Cristiane Fernandes Marba, para ouvi-la sobre a conclusão do laudo, já que a família do empresário aguardava pelo documento. Ela informou que prefere não se pronunciar sobre o assunto por enquanto.
A reportagem de A Gazeta demandou a Allianz Seguradora, responsável pelo seguro do veículo, para saber se a empresa já recebeu o laudo da perícia do Jeep Compass. Os questionamentos foram: A quantia referente ao valor do veículo já foi paga ou está sendo providenciada para a família? Qual foi a quantia? O laudo já foi entregue à seguradora? Se foi entregue, foi quando? O que consta no laudo? Não houve resposta até a publicação desta matéria.
A seguradora retornou informando que "reitera a sua solidariedade aos parentes do sr. Ricardo Portugal Moura Guedes e informa que está em contato constante com os familiares para quaisquer esclarecimentos sobre o caso. Por fim, a empresa destaca que, por questões contratuais, não disponibiliza dados relacionados à apólice de seguro e ao sinistro. A Allianz Seguros permanece à disposição".
A Fiat Chrysler Automóveis (FCA), proprietária da marca Jeep, também foi demandada pela reportagem, já que aguardava ainda pela entrega do laudo, para se posicionar novamente agora que a perícia no veículo foi concluída. A resposta será incluída nesta reportagem assim que houver retorno.
As investigações duraram mais de seis meses. No final de abril, a Polícia Civil informou à reportagem de A Gazeta que o inquérito policial havia sido devolvido à Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito no último dia 15.
A partir desta data, começou a valer o prazo estendido pela Justiça de 90 dias para a conclusão do inquérito – esta decisão havia sido dada ainda em janeiro, mas o inquérito policial não havia sido remetido à Delegacia de Delitos de Trânsito (DDT). Na ocasião, A PC informou ainda que diligências e oitivas seguiam em andamento.
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