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Expulsão de Hilário da polícia traz alento à família de Milena, que espera júri

Expulsão de Hilário da polícia traz alento à família de Milena, que espera júri

Declaração foi dada pelo advogado da família da médica, Renan Sales. Hilário Antônio Fiorot Frasson foi expulso dos quadros da Polícia Civil após decisão do Conselho Estadual de Correição (Consecor)

Publicado em 1 de julho de 2020 às 13:00

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Família da médica Milena Gottardi
Família da médica Milena Gottardi . (Marcelo Prest - Arquivo)

O advogado da família da médica Milena Gottardi, Renan Sales, afirmou que a expulsão de Hilário Frasson, acusado de mandar matar a ex-esposa, traz alento à família. Na última segunda-feira (29), a decisão que retirou em definitivo o ex-policial da corporação foi publicada no Diário Oficial do Estado.

Expulsão de Hilário da polícia traz alento à família de Milena, que espera juri

Em um vídeo, o advogado afirma que a notícia da expulsão de Hilário dos quadros da Polícia Civil traz “muito alento” à família da médica. Diz ainda que a decisão “indica, com mais certeza, de que ele, bem como o pai e demais acusados, são os verdadeiros responsáveis pela morte da médica Milena Gottardi”.

Sales afirma ainda que a família aguarda, passado o período da pandemia do novo coronavírus, o agendamento do júri. “Para que vejamos esses seis acusados também condenados na esfera criminal”, concluiu. Veja o vídeo na íntegra:

EXPULSÃO PUBLICADA NA SEGUNDA-FEIRA (29)

Acusado de mandar matar a ex-mulher, Hilário Antônio Fiorot Frasson foi expulso dos quadros da Polícia Civil. A decisão foi Conselho Estadual de Correição (Consecor), a última instância de recursos administrativos no Estado dos servidores públicos civis e militares. O investigador vai enfrentar o banco dos réus pelo assassinato da médica Milena Gottardi.

Por nota, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp) informa que Hilário “já não faz mais parte da instituição”, ao se referir à Polícia Civil. “A decisão do Consecor, presidido pela Secretaria de Controle e Transparência do Estado (Secont), manteve, após análise do processo, a decisão do Conselho de Polícia Civil, que decidiu pela expulsão de Hilário Frasson dos quadros da Corporação, sendo essa a última instância administrativa. A partir desse momento, o citado já não faz mais parte da instituição”, diz.

A decisão do Consecor foi tomada em reunião ordinária realizada no dia 28 de maio de 2020. Publicada no Diário Oficial do Estado desta segunda-feira (29), ela não traz o nome do policial, mas o fato foi confirmado pela reportagem.

Trata-se da Resolução Deliberativa Consecor nº 027/2020, cujo texto informa: “O Consecor, acompanhando por unanimidade o voto do Conselheiro Relator, decide pelo não provimento do recurso interposto, mantendo sem reparos a decisão 005/2020 do Conselho da Polícia Civil, que manteve a decisão 060/2019, que aplicou a penalidade ao servidor.”

Por nota, a Secretaria de Estado de Controle e Transparência (Secont), cujo secretário Edmar Camata preside o Conselho, informou: “O Conselho Estadual de Correição é responsável por julgar em última instância os recursos administrativos interpostos pelos servidores públicos civis e militares. Não há, portanto, a possibilidade de recurso administrativo à decisão do Conselho”.

Em janeiro deste ano, o Conselho da Polícia Civil já havia decidido pela expulsão do investigador. Em seguida o processo foi encaminhado para o Consecor, que manteve a decisão da PC, pela expulsão do investigador.

O CRIME

O crime aconteceu no estacionamento do Hospital Universitário Cassiano de Moraes (Hucam), localizado em Maruípe, Vitória. A pediatra Milena Gottardi morreu após ser baleada na cabeça quando saía do trabalho, em setembro de 2017. Hilário, que estava separado da vítima, e o pai dele, o fazendeiro Esperidião Frasson, foram acusados de serem os mandantes do crime.

Outras quatro pessoas foram também denunciadas: Dionathas Alves é acusado de ter atirado na médica; o lavrador Valcir Dias e Hermenegildo Palaoro Filho, conhecido como Judinho, são apontados como intermediários do crime. Por fim, Bruno Broetto é acusado de ter fornecido a moto do crime.

A defesa de Hilário não foi localizada para se manifestar sobre o assunto.

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