Com trauma após o ataque a um carro que matou duas pessoas no Centro de Vitória no último domingo (4), familiares de um dos sobreviventes querem deixar o Moscoso, bairro onde moram.
A reportagem de A Gazeta conversou com a mãe do sobrevivente, de 23 anos. Ela não quis se identificar por medo de represálias, mas disse que a família quer morar em outro bairro.
"Fiquei com mais medo ainda (após o ataque), mas não tenho para onde ir, não tenho para onde correr. Se pudesse, tenho vontade de tirar ele daqui. Ou é sair daqui, ou então é não dormir e viver no medo", desabafou a mãe.
Esse não foi o primeiro episódio de violência vivido pelo jovem de 23 anos, que estava no banco do carona e foi o único do veículo que não foi atingido pelos mais de 40 disparos de arma de fogo.
O medo faz parte da rotina da família. Há dois anos, a casa do jovem foi um dos imóveis invadidos por criminosos que promoveram uma série de ataques no Moscoso e na Piedade. "Entraram em busca de alguém que não sei quem é, mas isso deixou todo mundo com muito medo. Inclusive algumas pessoas deixaram a comunidade após essas invasões", lembra a mulher.
O jovem contou para a mãe que conseguiu sair ileso do ataque ao carro porque se abaixou para esconder quando ouviu os tiros. O crime aconteceu no último domingo e resultou na morte do técnico em Tecnologia da Informação, Kelvin Filgueiras da Silva, de 28 anos, e do motorista de aplicativo Adriano Ferreira do Amaral, de 39 anos, que conduzia o veículo.
As vítimas estavam em um carro vermelho na Avenida Governador José Sette quando criminosos a bordo de um automóvel branco realizaram os disparos.
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