A família de Jonas Soprani temia que ele fosse morto em função de sua atuação política. Ele postava vídeos onde dizia fiscalizar o trabalho de políticos na cidade. O homem chegou a ser candidato a vereador nas eleições de 2020, e foi assassinado a tiros na noite desta quarta-feira, em um bar de Linhares, Norte do Espírito Santo.
A irmã da vítima, Gleiciane Soprani relatou à reportagem da TV Gazeta Norte que sempre foi preocupante para a família a maneira com que ele falava sobre os políticos em sua atuação. Jonas tinha um perfil muito incisivo em suas cobranças.
Questionado pela reportagem de A Gazeta na manhã desta quinta-feira (24) se a atuação política de Soprani poderia ter motivado o crime, o delegado Tiago Cavalcante afirmou que essa é a principal linha de investigação.
Soprani foi morto a tiros na noite dessa quarta-feira (23), em um bar do bairro Novo Horizonte. “Foi um choque. Não esperávamos que seria dessa forma, sentimos muito. Ficamos cientes pelos sites, redes sociais, parentes… Nós estamos muito sentidos, sofrendo muito e queremos que o culpado não fique impune, que a justiça seja feita”, afirmou a irmã.
De acordo com o delegado, o laudo preliminar da perícia aponta que nove tiros atingiram o corpo de Soprani. O documento definitivo deve ser finalizado em cinco dias.
Em 2020, ele foi candidato a vereador em Linhares pelo PSB, teve 57 votos e não foi eleito.
Na tarde desta quinta-feira (24), muitos parentes e amigos se despediram de Jonas Soprani. O corpo dele foi sepultado no cemitério que fica no distrito de Farias, interior de Linhares.
Uma pessoa próxima, que preferiu não se identificar, pediu justiça e destacou o legado do candidato a vereador. "Quero justiça. Ele nunca se calou contra a corrupção, ele sempre denunciou mesmo. Um exemplo para as pessoas não se calarem”, relatou.
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