Um feirante, de 43 anos, foi morto com um tiro na cabeça após reagir a um assalto no bairro Vista da Serra I, na Serra, no início da manhã desta sexta-feira (20). Wederson Pratti, conhecido como Edinho, preparava o caminhão com o genro para ir à Ceasa, quando foi abordado por um motoqueiro armado, que exigiu dinheiro e celular. Testemunhas contam que a vítima reagiu e o criminoso atirou, fugindo sem levar nada.
De acordo com o genro da vítima, que prefere não se identificar, era por volta de 5h30, quando ele e Wederson preparavam o caminhão para comprar alimentos na Ceasa. Ele conta que o motoqueiro deixou a moto na esquina da rua e, armado, andou até o feirante. O criminoso anunciou o assalto, exigindo dinheiro. Mas Edinho reagiu e entrou em luta corporal com o assaltante, tentando tirar a arma da mão dele. O bandido deu dois tiros e um deles acertou a cabeça de Wederson.
Após a ação, o criminoso fugiu sem levar nada. O genro da vítima conseguiu correr e não foi atingido. Ao ouvirem os disparos, familiares do feirante correram para a rua e entraram em desespero ao vê-lo caído no chão. Wederson ainda estava vivo quando foi levado para a Upa de Serra Sede, mas não resistiu.
Policiais da Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) estiveram na unidade de saúde e conversaram com parentes do feirante. Familiares contaram que Edinho tinha barracas de verduras e frutas em bairros da região. Ele era conhecido por vizinhos e amigos por ser um homem trabalhador.
"Ele era muito conhecido no bairro. Era trabalhador e conquistou tudo com muito suor. Todo dia por volta das 5 horas ele ligava o caminhão. Todo dia eu escutava. Mas hoje, após o barulho do caminhão, eu ouvi dois tiros. Saí de casa e vi o genro dele correndo e o corpo do Edinho no chão. Outros vizinhos viram o bandido fugindo. Eu liguei para a polícia, na hora nem lembrei o número do Samu", disse a diarista Neide Maria dos Santos.
Muito abalados, familiares não quiseram falar com a imprensa. Porém o genro da vítima lembrou que há três semanas Edinho teve uma discussão com um ex-funcionário, onde chegou a ocorrer agressões. Ele acredita que a motivação da morte pode não ser um latrocínio. Para vizinhos, fica o sentimento de gratidão.
"Eu ouvi os tiros, pulei da cama, olhei na janela e vi o criminoso fugindo com o capacete na cabeça, bermuda e camisa. Vi o Edinho no chão agonizando. O genro contou que o bandido pediu dinheiro e celular, mas Edinho reagiu, tentando pegar a arma. Aí o assaltante deu um tiro pro alto e outro na cabeça dele. É muito triste. O conheço de muitos anos. Foi ele quem meu deu meu primeiro emprego na feira, aos 12 anos. Ele trabalhava na feira desde os 18 anos e com muito suor conquistou dois caminhões, casas, carros... Ele nunca mexeu com ninguém, não é de briga. Sempre ajudou as pessoas. Meu sentimento é de gratidão", lamentou o metalúrgico Fabrício Moura.
Nenhum suspeito foi localizado. O caso será investigado pela Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra.
Com informações de Daniela Carla, da TV Gazeta
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta