Uma festa de aniversário infantil acabou em confusão no bairro Ilha das Flores, em Vila Velha, no último sábado (26). Segundo uma testemunha, enquanto uma convidada embarcava com o filho em um carro de aplicativo, a motorista do veículo que parou atrás começou a avançar e xingar quem estava no local.
Durante a discussão, a mulher, que conforme os envolvidos é soldado da Polícia Militar, pegou uma arma e atirou em direção aos adultos e crianças presentes na comemoração. O nome dos envolvidos não foi divulgado já que o caso segue em apuração.
“O filho da minha amiga é autista e para entrar com calma o motorista parou e ligou o pisca-alerta. Só que, como tinha pula-pula na rua, ele estacionou quase no meio da via, e ela parou atrás. Ela já chegou muito nervosa, não sei se estava chateada por outra situação. A bala pegou na parede perto de onde estava a minha filha mais nova, que tem um ano. Por dois dedos não pegou ela”, afirmou a mãe do aniversariante, que não quis se identificar.
Antes do disparo, o marido da condutora que, segundo testemunhas, é capitão da PM, desceu para evitar a situação. Com o filho do casal no colo, o homem entrou na frente da porta da condutora e pediu para ela parar.
Mas a situação não teria sido evitada, já que a marca do tiro ficou na parede onde a festa aconteceu, segundo a dona da casa, que é irmã da mãe do aniversariante.
“Em determinado momento da confusão ela disse 'vocês são corajosos'. Quando ela pegou a arma eu falei: 'moça pensa no seu filho'. Quando vi, todo mundo começou a se proteger. Com a gritaria minha filha mais nova, de um ano, estava chorando e, no momento do disparo, ela parou de chorar e eu desesperei achando que algo tinha acontecido. Comecei a gritar que ela matou minha filha. Ela saiu correndo com o carro e deixou o marido para trás”, contou a dona da festa.
De acordo com a família, ela voltou de ré para buscar o marido. Pela placa do carro, descobriram quem eram os donos e foram até a delegacia e registaram um boletim de ocorrência. No local, descobriram que o carro era do capitão da Polícia Militar.
"A postura dele não foi de atacar, mas ele deveria ter feito mais. Entregamos a cápsula para a polícia e esperamos justiça", disse a mãe do menino.
A Polícia Civil informou, em nota, que o caso segue sob investigação do 9º Distrito Policial de Vila Velha e não há detalhes que possam ser repassados, no momento.
Já a Polícia Militar disse que tomou conhecimento dos fatos e analisará todas as circunstâncias relacionadas à situação. "Serão adotadas todas as providências necessárias para apurar a conduta dos policiais militares envolvidos na ocorrência", frisou.
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