O filho de um policial militar foi baleado no peito durante um tiroteio que envolveu o pai e um irmão dele contra bandidos no bairro Santa Marta, em Vitória, na madrugada desta segunda-feira (24).
Moradores contaram que o conflito assustou quem vive na rua Orozimbo Rabelo. Era por volta de 1h quando um sargento da PM chegava em casa com o filho e flagrou um veículo Citroen C4 preto. Antes de entrar no imóvel, o militar viu dois homens com arma em punho dentro do carro.
Ele se identificou como policial e deu ordem de parada aos suspeitos. Os criminosos não obedeceram e atiraram contra o sargento. O policial revidou e atirou várias vezes. Um filho dele, de 31 anos, que é soldado da corporação, estava em casa, aguardando a chegada dos dois. Ele já tinha ouvido o tiroteio e ficou escondido em uma escada.
Ao perceber que o pai e o irmão eram alvos, ele saiu de casa, foi à rua, se identificou como policial e também atirou contra o grupo armado. Os bandidos fugiram a pé. Neste momento, o sargento percebeu que o outro filho, de 28 anos, que estava no carro com ele, havia sido baleado. Ele foi levado pelo pai para o Hospital Estadual de Urgência e Emergência (HEUE).
O carro onde estavam os criminosos foi incendiado. Um outro veículo que estava na rua também foi atingido pelos disparos. Mais tarde, um homem se apresentou como sendo dono do C4 preto. Ele disse que é motorista particular e que estava em Goiabeiras quando foi acionado para uma corrida.
O homem que seria motorista particular estava ferido com um tiro no braço. Apesar da versão dada, ele foi reconhecido pelos policiais como sendo um dos atiradores e permaneceu sob escolta policial no hospital.
Uma dona de casa, de 68 anos, disse que viveu momentos de tensão na madrugada desta segunda-feira (24). Ela, os familiares e os vizinhos acordaram com o barulho dos tiros. Assustada, ela confessa que pensa em deixar o bairro para fugir dos conflitos armados entre traficantes.
“O negócio está feio. Os tiros pegaram o filho do policial. Botaram fogo em veículo. Esse ano começou esse inferno. É um sofrimento. A vontade é largar tudo e deixar o bairro. Quando escutamos os tiros, acordamos, ficamos na janela e depois abaixamos. Era tiro de tudo quanto é tipo. Foi desesperador. Não temos segurança nem dentro de casa mais”, desabafa.
Com informações de Kaique Dias, da TV Gazeta
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