Moradora da casa onde uma granada foi detonada, na noite de quinta-feira (4), no bairro Nossa Senhora Aparecida, em Colatina, no Noroeste do Espírito Santo, Abigail Maria de Souza disse que o explosivo causou prejuízos que ela não terá condições de arcar. Com o impacto da explosão, ela afirmou que a máquina de lavar e uma televisão foram destruídas.
Segundo Abigail, os policiais não lhe informaram que o material seria detonado no local. “Em momento nenhum eles falaram comigo que iriam estourar aqui dentro de casa. Eu fiquei no prejuízo. Estou com a minha casa toda arrebentada, com a máquina e televisão quebradas. E eu sou viúva e moro só com o meu filho, que está desempregado. não tenho nem condição de arcar com isso aqui”, relatou em entrevista para a repórter Carolina Silveira, da TV Gazeta Noroeste.
A dona do imóvel, que tem três andares, afirmou que irá pedir uma análise para verificar as condições da edificação. “Aqui na minha casa são três andares. Em cima moram mais duas pessoas. Vou chamar alguém para verificar se a casa está com a estrutura abalada”, falou.
Procurada pela reportagem, a Prefeitura de Colatina informou que a Defesa Civil foi acionada e vai fazer uma vistoria no imóvel.
Segundo a Polícia Militar, como forma de manter a segurança, o local onde o artefato é encontrado precisa ser isolado para ser detonado.
“Se é encontrado um artefato explosivo, em hipótese alguma, deve-se fazer a movimentação desse artefato. De fato, tem que isolar o local, deixar o objeto naquele lá e fazer contato com a equipe do batalhão de missões especiais, que de forma profissional, seguindo protocolos de segurança, visando minimizar prejuízos e danos também às pessoas, fará a detonação do explosivo”, explicou o tenente Valnei.
O policial esclareceu que caso a dona do imóvel se sinta prejudicada, ela pode acionar meios legais para ser ressarcida. “Se ela entender que precisa ser ressarcida de alguma forma, deve acionar os meios legais a direito dela”, comentou.
Conforme informações da PM, disponibilizadas em uma nota, um técnico explosivista constatou que o material se tratava de uma granada improvisada de cor preta, com uma espoleta ogival de tempo semelhante de granadas industriais, formato cilíndrico e dimensões aproximadas de 8x4 centímetros.
"Devido ao risco a vida dos operadores e terceiros em uma eventual movimentação ou transporte desse artefato improvisado, foi tomada a decisão técnica de destruir o artefato no local com a utilização de meios de contenção (contentor de explosão e garrafas de água) e uma contracarga (40 gramas de Nitropenta e uma espoleta 08)", afirmou a PM.
E continuou: "foi utilizada uma contracarga explosiva mínima, de baixa ordem com intuito de desmantelar (separar o detonador da carga explosiva) e evitar uma explosão de proporções desconhecidas. Após a utilização da contracarga, resultou no desmantelamento do artefato, porém causou danos no local da explosão, sendo estes: avarias em uma máquina de lavar, numa porta de madeira, vidros de uma janela, portão e parede de alvenaria da entrada residência".
A corporação informou que proprietário da residência foi, sim, informado da natureza e gravidade da ocorrência, e também da necessidade de desmantelar o artefato no local, para preservar a vida das pessoas que residem nele e dos operadores de segurança pública presentes.
A Polícia Militar detonou uma granada que estava escondida em uma casa na Rua São Paulo da Cruz, no bairro Nossa Senhora Aparecida, em Colatina, Noroeste do Espírito Santo. A ação, que partiu de uma denúncia anônima, resultou na prisão e apreensão de armas de fogo e munições durante a noite de quinta-feira (4).
Segundo a corporação, a equipe da Força Tática foi acionada para investigar atividades suspeitas em uma residência. "Ao chegar ao local, os policiais realizaram contato com os moradores, explicando os procedimentos padrão de abordagem", informou a PM.
Durante a ação no local, os agentes visualizaram um artefato explosivo na janela da residência, o que levou à ação imediata da equipe para garantir a segurança dos moradores.
De acordo com o boletim de ocorrência da PM, a dona do imóvel mostrou o objeto numa sacola plástica transparente, quando foi possível visualizar o artefato explosivo. Consta que “a moradora foi orientada a deixar o artefato em cima da máquina de lavar bem devagar”.
Com o apoio do Batalhão de Missões Especiais, depois, a polícia isolou o local e explodiu a granada. Em registros divulgados pela corporação à reportagem, é possível visualizar que uma parte do muro da casa desabou após a explosão do artefato.
A reportagem de A Gazeta procurou novamente a Polícia Militar para questionar se a conduta da equipe policial colocou a moradora em risco, após manusear a sacola com o artefato, mas não houve retorno para o questionamento. O espaço segue aberto.
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