O padre Ivo Amorim, pároco da Comunidade São Jorge, em Cariacica, e vigário-geral da arquidiocese, contou ter sido assaltado na manhã do último sábado (13), por volta das 10h30. Ele, que saía de uma reunião de representação das paróquias de Cariacica e Viana, na matriz que fica no bairro Vila Capixaba, ao tentar entrar no carro pertencente à igreja, viu três suspeitos se aproximarem dele em um veículo preto.
Segundo Amorim, os homens chegaram em uma velocidade comparável aos automotores de Fórmula 1. "Eles vieram muito rápido, pareciam bem profissionais. Levaram meus paramentos litúrgicos, documentos pessoais, cartões, túnica e até o carro da paróquia. A experiência foi muito ruim, em plena luz do sol, depois de sair de uma ótima reunião. Foi um trauma, mas eu rezei por eles depois", contou.
Para o pároco, os envolvidos possivelmente não premeditaram a abordagem. "Não acredito que já sabiam que eu estaria lá. Eu estava chegando ao carro, não avistei nada. Eles pareciam muito nervosos. Se não fosse eu a vítima, seriam outras pessoas. Pareciam três homens bem treinados para isso, faziam tudo com muita habilidade. Meu sentimento é sim de tristeza e indignação e muitos, ao saberem do que passei, vieram me relatar situações semelhantes", relatou.
O veículo e os pertences do padre, segundo ele, não chegaram a ser encontrados, mesmo tendo sido registrado boletim de ocorrência na Delegacia Regional de Cariacica. Amorim preferiu então buscar os procedimentos cabíveis, como o bloqueio do cartão para compras. "Nós também temos rendimentos para sobreviver. Perdi cartões, inclusive o do plano de saúde, e meus documentos", desabafou.
Com a chegada da polícia ao local, o padre conta que não conseguia nem lembrar sequer da cor do carro em que estavam os suspeitos, tamanho o trauma provocado pelo evento criminoso. "Me senti em um vazio, muito impotente. Mas precisamos refletir sobre a importância de estarmos sempre prontos para vivermos esses momentos indesejados. Que tenhamos tranquilidade, e que ajamos com renúncia, para não nos apegar a nada material - nós vivemos sem isso. Devemos nos apegar somente à vida, deixando Deus conduzir tudo. Deus me envolveu em todos os momentos", finalizou.
Procuradas, a Polícia Civil e Militar informaram que aos finais de semana têm acesso apenas às ocorrências do plantão vigente.
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