Um homem de 18 anos, que era foragido da Justiça do Espírito Santo, foi preso na cidade de Teófolio Otoni, Minas Gerais, na última sexta-feira (18). Identificado como Jhonortton Dias Souto, ele teria participação na morte de José Marcos Delfino Chaves, de 46 anos, ocorrida no dia 07 de junho deste ano, em Vitória. O técnico em comunicações, segundo a polícia, apresentava sinais de tortura e estava com a cintura e os pés amarrados com cordas.
A apreensão aconteceu em cumprimento a um mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça e realizada pela Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vitória. A ação da PCES contou com o apoio do Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), e do 19º Batalhão de Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG).
Durante o andamento do inquérito policial, as equipes da DHPP de Vitória chegaram à informação de que Jhonortton Dias estaria escondido no município mineiro. Os detalhes foram repassados para as autoridades policiais de Teófilo Otoni, resultando na prisão do suspeito.
Após a prisão, o suspeito foi encaminhado ao sistema prisional, onde ficará à disposição da Justiça do Espírito Santo.
As investigações da polícia apontaram que José Marcos foi assassinado no alto da pedreira do bairro Joana D'Arc e levado para o bairro Santa Luzia, onde foi encontrado morto no dia seguinte. Segundo a corporação, o crime foi motivado por ciúmes: um homem de 24 anos – apontado como principal executor do crime – estaria incomodado porque a vítima teria dado em cima da namorada dele, uma adolescente de 16 anos, que atraiu o técnico de telecomunicações para um local onde ele acabou sendo coagido pelos criminosos.
À época, segundo a Polícia Civil, seis adultos e dois adolescentes foram denunciados ao Ministério Público do Espírito Santo (MPES). Ainda de acordo com o órgão, os três homens que ajudaram a transportar o corpo foram indiciados e respondiam ao crime em liberdade. Um deles foi preso, mas acabou solto, conforme informou a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus). Outros dois suspeitos permanecem presos pelo crime. Já os dois adolescentes indiciados ainda não tinham o mandado de busca e apreensão emitido pela Justiça.
À frente da DHPP de Vitória, o delegado Marcelo Cavalcanti explicou a dinâmica do homicídio durante uma coletiva de imprensa realizada em setembro. Na ocasião, ele taxou este assassinato como "um crime bárbaro e complexo".
"José Marcos era supervisor de uma empresa de telefonia e foi atraído pela adolescente, que já tinha prestado serviço para ele. O técnico entregaria uma camisa para ela no bairro Resistência, onde o principal autor (Jadiel) já estava escondido e o coagiu até o local do crime", disse.
Conforme planejado, Jadiel levou o homem para o alto da pedreira, onde ele foi agredido até a morte por outros dois acusados (Jhonortton e o menor de 16). O corpo foi jogado em um lago após os envolvidos constatarem que o homem se encontrava sem vida.
"Posteriormente, ficou comprovado que a organização que comanda o tráfico de drogas no Morro Conquista mandou que os autores tirassem o corpo da vítima do local. Eles usaram um caiaque e uma corda. A vítima teve o corpo arrastado e jogado em uma rua próximo à Chefatura da Polícia Civil", completou.
Além do assassinato, os executores, a ex-companheira da vítima e a adolescente ainda também roubaram o celular e os cartões da vítima. "Não satisfeitos em matar, eles usaram o dinheiro da vítima. Isso foi provado na investigação. Por isso, eles foram indiciados também pelo crime de furto", concluiu Marcelo.
Ainda de acordo com o delegado, o técnico José Marcos Delfino Chaves não tinha passagem pela polícia. "Diferentemente do principal autor (Jadiel), que já tinha passagem por tráfico de drogas e envolvimento em furtos. Ele vem de uma família com longo histórico criminal", afirmou.
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