Ao contrário do publicado anteriormente, a pessoa que tentou apartar a briga não é policial civil e não é dono da distribuidora ao lado do bar onde ocorreu o conflito. O texto foi corrigido.
Funcionários de um bar de Jardim da Penha, em Vitória, foram atacados por moradores de rua na tarde do último sábado (5). Pelo menos seis pessoas correram atrás de três garçons do estabelecimento. Um vídeo do circuito interno de segurança do prédio mostra um dos trabalhadores entrando no prédio para não ser ferido. Não houve feridos e duas pessoas foram detidas pela Polícia Militar.
A cena aconteceu por volta das 15 horas do último sábado (5). Dois funcionários do bar chegavam para abrir o comércio, que fica na esquina da Rua Carijós com a Rua Comissário Octávio Queiroz.
O garçon de 23 anos que se escondeu em um prédio, Gilson Tavares Junior, conta que ele e um primo, que também ia trabalhar no local, estavam chegando em um carro de aplicativo quando viram um homem falando com outro rapaz, que também é garçon do local. Esse terceiro funcionário estava esperando Gilson, que iria abrir o estabelecimento.
Gilson comenta ainda que os funcionários do bar, e moradores que passavam no local, tentaram, ao máximo, evitar o conflito. "Pedimos várias vezes, e os moradores que passavam também, para que ele [o morador de rua] parasse com aquilo. Ele veio para cima da gente e não pudemos deixar ele nos bater de graça. Ele bateu na gente e batemos nele, foi autodefesa", lembra.
O garçon relata ainda que uma pessoa que estava em uma distribuidora, ao lado do bar, pediu para o morador de rua se afastar. Porém, ele não ouvia e continuava indo para cima deles e desafiando o policial, que então sacou a arma. Mesmo assim o morador de rua começou a pedir para que o policial atirasse. Depois, ele foi embora.
Nas imagens gravadas pelo circuito interno de segurança da portaria do prédio (veja no vídeo abaixo) é possível ver Gilson correndo e três pessoas o seguindo, algumas com objetos nas mãos. A porta de vidro do prédio se abre e, depois que o garçon entra, dois moradores de rua o seguem, mas, em seguida recuam.
De acordo com o boletim de ocorrência feito por um dos funcionários, policiais que estavam de patrulha na redondeza foram informados do que ocorreu. Quando chegaram ao bar um dos funcionários informou que teve o celular furtado por duas pessoas que entraram no local. Logo depois viram o morador de rua, que foi identificado pelo funcionário do bar como um dos autores do crime.
Ainda segundo o boletim, o homem resistiu aos comandos da polícia e tentou dar socos nos policiais, que tiveram que usar a força para algemá-lo. Uma viatura de apoio localizou outro suspeito que estava próximo a um supermercado da região, que também foi levado para a delegacia. O celular furtado foi encontrado na bolsa do primeiro suspeito detido.
O sócio-proprietário do bar em que Gilson trabalha, Gabriel Sá Tardin, 32 anos, conta que o bar sofre com arrombamentos e furtos desde a fase de obras.
O empresário comenta que a insegurança é geral na região devido a moradores de ruas, sendo alguns deles usuários de crack. "Um amigo, que nem sabia do ocorrido no bar, mandou mensagem na noite de sábado dizendo que a vizinha havia sido assaltada próximo a uma farmácia. A gente só quer segurança para trabalhar. Sempre fui morador de Jardim da Penha e convivo com esse problema", comenta.
Por meio de nota, a Polícia Militar diz que, por meio da 12ª Companhia Independente, realiza o policiamento ostensivo 24h por dia em todo o bairro Jardim da Penha, em Vitória. Além do patrulhamento preventivo, o local conta com diversas operações diárias de cercos táticos, pontos base, visitas tranquilizadoras e abordagens.
"No entanto, vale lembrar que a PM somente pode deter indivíduos em situação de flagrante delito, por isso é de extrema importância a participação da comunidade para que uma viatura seja acionada imediatamente, via Ciodes (190), em casos de suspeita ou ocorrência de crime em andamento. Fatos relacionados a moradores de rua e usuários de drogas continuam sendo uma questão de saúde pública e social, por isso a PM apoia e, caso solicitada, acompanha ações voltadas a esse público", informa a nota.
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