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Funcionários de ONG são indiciados por maus-tratos contra pessoa com deficiência no ES

Funcionários de ONG são indiciados por maus-tratos contra pessoa com deficiência no ES

O caso foi registrado em Vitória, no dia 3 de fevereiro, e a investigação foi concluída nesta terça-feira (23). Segundo o delegado do caso, não foi encontrado indícios de outros episódios de agressão a internos da ONG

Publicado em 24 de fevereiro de 2021 às 11:02- Atualizado há 3 anos

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Funcionário de ONG agride pessoa com deficiência em Vitória
Funcionário de ONG agride pessoa com deficiência em Vitória. (Divulgação/Sesp)

Três funcionários de uma Organização Não Governamental (ONG) destinada aos cuidados de pessoas com necessidades especiais foram indiciados por maus-tratos contra um dos pacientes. O caso foi registrado 5º Distrito Policial de Jardim Camburi, em Vitória, no dia 3 de fevereiro, e a investigação foi concluída nesta terça-feira (23).

“O próprio diretor da instituição procurou a delegacia e pediu ajuda, registrando um Boletim de Ocorrência. A instituição é toda monitorada e uma das câmeras flagrou o momento em que um funcionário agrediu um dos pacientes de 30 anos”, afirmou o titular do 5º DP, delegado Fabiano Rosa.

As imagens foram encaminhadas à delegacia e mostram as agressões, ocorridas no dia 29 de janeiro, na instituição, localizada em Vitória. O paciente, que dormia na sala por ser muito agitado, se levantou antes das seis da manhã e foi até o local onde estavam três cuidadores. Após alguns minutos, o funcionário se levantou e empurrou o paciente de volta ao colchão, com gestos agressivos. Ao resistir, o paciente foi agredido com tapas e teve o pescoço apertado.

Funcionários de ONG são indiciados por maus-tratos contra pessoa com deficiência no ES

As imagens também mostram que, enquanto o funcionário de 37 anos praticava as agressões, outras duas cuidadoras, de 37 e 46 anos, presenciaram os fatos e nada fizeram em defesa do paciente. Assim que o crime foi registrado, um inquérito policial foi instaurado e os suspeitos intimados a prestar esclarecimentos na delegacia.

Em depoimento, o funcionário alegou que o paciente se levantou queixando-se de fome, mas foi orientado a se deitar e aguardar o horário do café, pois a cozinheira ainda não tinha chegado. No entanto, ele teria resistido e se alterado, o que levou o cuidador a agir com mais rispidez, culminando nas agressões.

“O homem e as duas mulheres vão responder em liberdade pelo crime de maus-tratos, sendo que ele foi demitido um dia após o fato e as duas cuidadoras foram advertidas formalmente. É importante destacar que a investigação não encontrou indícios de outros episódios de agressão a internos desta ONG, e que a instituição prestou todo apoio às investigações. Concluímos, portanto, que este foi um fato isolado”, afirmou o delegado.

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