Produtores rurais sofrem com furtos de gado no Sul do Espírito Santo. De acordo com o Sindicato Rural, o prejuízo ultrapassa R$ 60 mil na região em crimes ocorridos nos últimos dois meses. No último fim de semana, o produtor Jaime Speroto entrou no curral, na propriedade onde mora, no bairro São Geraldo, zona rural de Cachoeiro de Itapemirim, e notou que três bezerros foram levados.
Esposa de Jaime, a produtora rural Ruth Speroto conta como ocorreu a ação de criminosos. “Quando cheguei pela manhã, eu encontrei a porteira escorada com uma pedra e já não tinha mais o cadeado. Carregaram tudo. Eu pensei: 'já não tem mais bezerro'. Estive na outra porteira, tiraram o cadeado também. Tinha a marca do pneu do carro até aqui na entrada para colocarem os animais”, disse Ruth à reportagem da TV Gazeta.
Essa não é a primeira vez que a família foi alvo. Há cerca de cinco meses, ocorreu um fato semelhante. Naquela vez, os assaltantes furtaram dois bezerros. Para Speroto, somando os dois casos, houve a perda de aproximadamente R$ 10 mil.
Em setembro, nove bezerros foram furtados em uma propriedade localizada no bairro de Frade, em Itapemirim. Também no interior do município, ladrões levaram outros cinco gados em outubro. No mesmo mês, em Cachoeiro, criminosos mataram uma novilha para roubar a carne do animal.
Segundo o presidente do Sindicato Rural, Wesley Mendes, nos últimos seis meses cerca de 60 animais foram roubados. “Todo dia eu recebo notícia de roubo de gado. Todo dia, o ano inteiro. Os criminosos costumam ir a um local mais ermo, mais distante, que não tem policiamento, que tem rota de fuga. Eles se aproveitam, inclusive, da falta de comunicação, porque são lugares que não têm sequer sinal de celular”, relatou o presidente.
Jaime Speroto lamenta a perda. Ele pede ajuda das autoridades de segurança para solucionar o caso e evitar mais crimes como esses.
“Precisamos continuar, não podemos desistir. As autoridades precisam dar um jeito”, falou.
Vale reforçar que quem recebe animais de furto ou roubo também comete crime. Segundo a Polícia Civil (PC), o caso está sob investigação assim como todos os outros em que são realizados boletins de ocorrência. Até o momento, não foi identificada ligação entre os casos. Todos são tratados de forma isolada. Denúncias podem ser feitas pelo telefone 181, de maneira anônima.
Com informações de Gustavo Ribeiro, da TV Gazeta Sul
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