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Furtos em série: casal é alvo da polícia por invadir casas de passeio no ES

Furtos em série: casal é alvo da polícia por invadir casas de passeio no ES

Os suspeitos roubavam as residências em uma zona rural da cidade da região Serrana; estima-se que o prejuízo provocado pela dupla varia entre R$ 80 a 100 mil

Publicado em 12 de junho de 2024 às 17:46

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A Delegacia de Polícia (DP) de Marechal Floriano, na região Serrana do Espírito Santo, identificou um casal suspeito de praticar ao menos oito furtos em casas de passeio na zona rural do município. Estima-se que o prejuízo deixado seja entre R$ 80 e 100 mil.

Entre os objetos furtados estão televisores de diversas polegadas, coleções de porcelanas com grande valor sentimental, garrafas de vinhos, garrafas de whiskey, vidros de perfumes importados, equipamentos eletrônicos, entre outros. O homem, de 30 anos, e a mulher, de 19 anos, não estão presos e foram denunciados ao Ministério Público. 

Parte do material foi recuperado pela equipe da DP na última segunda-feira (10) na residência onde o casal morava.

Segundo o titular da DP de Marechal Floriano, delegado Luciano Carlos Paulino, o primeiro boletim de ocorrência de furto foi registrado no dia 15 de abril deste ano. Foi quando as investigações começaram. 

Furtos em série: casal é alvo da polícia por invadir casas de passeio no ES

“Analisando as imagens de vigilância das casas identificamos que era um casal. Como era noite, não dava para identificar direito. As imagens não pegavam as placas das motos então buscamos gravações de câmeras de residências vizinhas e conseguimos pegar as motos indo e voltando na direção da casa”, relatou o delegado.

Titular da Delegacia de Polícia (DP) de Marechal Floriano, delegado Luciano Carlos Paulino e delegado-geral da Polícia Civil (PCES), José Darcy Arruda
Titular da Delegacia de Polícia (DP) de Marechal Floriano, delegado Luciano Carlos Paulino e delegado-geral da Polícia Civil (PCES), José Darcy Arruda. (Divulgação | Polícia Civil)

Ainda assim, a polícia não conseguiu identificar a placa. Nas semanas seguintes, mais furtos foram registrados na área rural de Marechal Floriano. Como os suspeitos não usavam a rodovia federal, a Polícia Civil passou a desconfiar que seriam moradores da região.

No último furto, no dia 6 de junho, o casal repetiu a residência, só que dessa vez, com um carro.

“O suspeito abriu a porta da casa para a esposa entrar e ficaram duas horas na residência escolhendo os objetos. Na investigação traçamos o perímetro onde o carro e a moto poderiam estar. Neste último roubo, a mulher, que estava grávida de sete meses, usava capacete com adesivos”, contou Luciano Carlos Paulino.

A polícia começou a investigar pela região e encontraram um Celta estacionado em uma garagem. O dono da casa negou que estava envolvido no crime e que emprestava o carro para o cunhado.

“Ele chamou a irmã, que tinha características da moça que aparecia nas imagens. O cabelo dela era cacheado e estava grávida. Ficamos com dúvida, mas mostramos as imagens e perguntei se poderia ser o marido dela. Ela desmaiou, acordou e desmaiou mais duas vezes. Ela confirmou que era o marido dela, mas não disse que era ela nas imagens”, disse o titular da delegacia.

O marido trabalhava em um hortifrúti, e o cunhado levou à polícia até ele. No estacionamento do estabelecimento, o homem confessou.

Dentro da casa onde morava o casal, a polícia encontrou muitos dos itens roubados empilhados.

Aspas de citação

Tivemos que dar quatro viagens com os objetos, tinha muita coisa frágil e levamos os dois para a delegacia e eles confessaram. Na delegacia, o homem confessou ainda dois crimes que nem estavam registrados pela polícia

Luciano Carlos Paulino
Delegado de Marechal Floriano
Aspas de citação

Casal queria vender objetos furtados

Para o cunhado, o suspeito dizia que ia buscar gasolina em um posto da região. Segundo a polícia, o casal pretendia vender os objetos para resolver problemas financeiros.

Ainda no caminho para a delegacia, o homem disse que a esposa ouvia vozes que ele tinha a missão de furtar residências e o anjo apontava os endereços.

Ele ainda falou que o anjo dizia que as vítimas de roubo eram integrantes de seitas que roubavam crianças para sacrifícios. O homem ainda disse que viu a polícia passando na frente da casa dele e o demônio disse que eles iam entrar na casa dele.

“É jogada, porque quando vão presos as pessoas ficam nervosas. Eles levaram uma televisão enorme na traseira de um celta, levaram vários objetos em uma moto de forma organizada”, esclareceu.

O casal pode responder por furto duplamente qualificado, por arrombamento e por agirem em duas pessoas. Apesar da confissão, eles não estão presos e já foram denunciados ao Ministério Público do Espírito Santo.

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