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Gesseiro foi morto após procurar por traficante em morro rival em Vitória

Gesseiro foi morto após procurar por traficante em morro rival em Vitória

Segundo o delegado Marcelo Cavalcanti, a vítima saiu de Vila Velha e chegou a Vitória com o objetivo de ir ao Morro do Cabral, mas errou o caminho e foi parar no Morro do Alagoano. Três indivíduos ainda estão foragidos, entre eles um menor

Publicado em 22 de junho de 2020 às 13:42

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Cena do crime no bairro Santa Tereza, em Vitória
Cena do crime no bairro Santa Tereza, em Vitória. (Leitor | A Gazeta)

O gesseiro Douglas Martins, de 26 anos, morto no dia 16 de fevereiro no bairro Santa Tereza, em Vitória, foi assassinado após procurar por um traficante em morro rival. A informação foi passada pela Polícia Civil em coletiva na manhã desta segunda-feira (22). Dos cinco indivíduos apontados como autores do crime, dois estão presos. Três seguem foragidos, incluindo um menor de idade.

Gesseiro foi morto por procurar por traficante em morro rival em Vitória

Segundo o titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vitória, delegado Marcelo Cavalcanti, a vítima saiu de Vila Velha e chegou a Vitória com o objetivo de ir ao Morro do Cabral, mas errou o caminho e foi parar no Morro do Alagoano.

Chegando lá, ele teria procurado por um traficante do Cabral que é rival do local onde estava. Por isso, foi agredido e foi determinada a execução por parte de um chefe do crime na região.

Aspas de citação

Infelizmente ele foi no morro errado. Errou o caminho. Ele veio do município de Vila Velha. Quando chegou em Vitória, queria ir no Morro do Cabral. Ele errou o caminho e foi parar no Alagoano. Lá, procurou a liderança do tráfico que, na verdade, era do Cabral. Por esse motivo, o chefe do morro do Alagoano se sentiu desprestigiado, por chegar procurando o rival, e isso fez com que ocorresse a determinação. Ele deu a arma do crime ao executor e determinou a execução da vítima

Marcelo Cavalcanti
Delegado titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vitória
Aspas de citação

Além da execução, foi determinado que o corpo de Douglas fosse deixado no Morro do Cabral para apontar a autoria para o bairro rival, segundo a Polícia. A vítima foi morta com dois tiros dentro do carro durante o caminho. Naquele momento, o motorista se assustou e fez com que batesse em outro veículo, na região de Caratoíra. Pouco depois, no bairro Santa Tereza, o carro foi abandonado, como mostraram imagens de videomonitoramento.

“A vítima foi executada dentro do veículo quando os autores estavam a caminho, atendendo a ordem do chefe de jogá-lo no bairro rival. Foi quando eles executaram a vítima com dois disparos encostados. A vítima não teve chance de defesa. Eles colidiram em outro veículo no momento dos disparos. O motorista se assustou com os disparos dentro do veículo e fez com que ele colidisse com outro veículo, e mais a frente o veículo em que estavam fosse abandonado em outra residência”, contou o delegado.

Milton Gabriel Santos Martins, o “Miltinho” e Mateus Dalmontica Gramilik, o “Magrão” estão presos
Milton Gabriel Santos Martins, o “Miltinho” e Mateus Dalmontica Gramilik, o “Magrão” estão presos. (Divulgação / Polícia Civil)

Dos cinco apontados como autores do crime, já estão presos Milton Gabriel Santos Martins, o “Miltinho”, de 23 anos, que segundo a polícia é o chefe do morro do Alagoano que teria dado a arma e determinado a execução de Douglas; e Mateus Dalmontica Gramilik, o “Magrão”, de 18 anos, que estava no veículo no dia do crime.

Além deles, outros três ainda são procurados: Alexander Serafim de Oliveira, o “Menor Alex”, de 19 anos – apontado pela polícia como o autor dos disparos; Luciano de Oliveira, o “Naldinho”, de 27 anos – que também estava no veículo; além de um menor que não teve a identidade divulgada.

Luciano de Oliveira, o “Naldinho” e Alexander Serafim de Oliveira, o “Menor Alex” estão foragidos
Luciano de Oliveira, o “Naldinho” e Alexander Serafim de Oliveira, o “Menor Alex” estão foragidos. (Divulgação / Polícia Civil)

Segundo o delegado, todos vão responder por homicídio qualificado e associação criminosa. Por ter a participação de um menor de idade, os maiores também vão responder por corrupção de menores.

Por isso, o delegado-geral da Polícia Civil, José Darcy Arruda, pede a colaboração da população, através do Disque-denúncia 181, para que a polícia possa prender os demais procurados.

“Temos dois ainda que se encontram foragidos. Nós ainda aguardamos diligências da delegacia de homicídios, e pedimos a comunidade que possa nos ajudar através do Disque-denúncia 181. Essa participação é muito importante, porque a comunidade tem condições, são nossos olhos estendidos. Vendo, sabendo onde está, pode fazer que a ferramenta é muito segura”, disse.

IRMÃ FALOU COM MANDANTE DO CRIME POR TELEFONE

De acordo com a Polícia Civil, a irmã de Douglas, que emprestou o veículo em que o jovem foi morto, chegou a ligar para o irmão depois que ele já havia sido capturado pelos criminosos no Morro do Alagoano. Segundo o delegado Marcelo Cavalcanti, “Miltinho” atendeu a ligação e disse, sem se identificar e se passando por um amigo, que Douglas teria ido ao Bairro da Penha a pedido de Cleber de Oliveira Junior, conhecido como “Osvaldinho” – traficante do Morro do Cabral que a vítima estava à procura.

“A irmã pergunta pela vítima, e ele disse que Douglas foi lá procurando por Osvaldinho, mas que tinha ido ao Bairro da Penha. Sabemos que isso é mentira, eles já haviam capturado a vítima. Ele desconversou e disse que Douglas tinha ido ao Bairro da Penha a mando de Osvaldinho. Ele não se passou pela vítima. Ela pergunta quem é, ele fala que é um amigo, que a vítima teria ido lá atrás de Osvaldinho e que teria ido ao Bairro da Penha porque o Osvaldinho tinha pedido”, contou.

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Segundo o delegado, Osvaldinho, que era procurado por Douglas, foi preso no mês de maio, em Jucutuquara, também em Vitória. “O chefe do Morro do Cabral é o criminoso conhecido como Osvaldinho, que já se encontra preso. É um criminoso contumaz, com muitas passagens policiais, inclusive indiciado e respondendo ação penal em vários crimes”, disse

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