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Golpe de falsa investigação de pedofilia faz 1ª vítima no ES

Golpe de falsa investigação de pedofilia faz 1ª vítima no ES

Conversa com golpista começou com o pedido de uma mulher para trocar mensagens íntimas. Depois disso, um suposto pai enviou mensagem dizendo que ia denunciá-lo por pedofilia.

Publicado em 8 de fevereiro de 2020 às 13:32

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Golpe de falsa investigação de pedofilia faz 1ª vítima no Espírito Santo. (Reprodução/ TV Gazeta)

O golpe da falsa investigação de pedofilia fez a primeira vítima no Espírito Santo. Ainda não se sabe se é apenas um golpista ou uma quadrilha. A Polícia Civil investiga o caso.

A ação criminosa acontece da seguinte forma: uma mulher entra em contato com a vítima, pedindo para trocar mensagens íntimas. No dia seguinte, um homem que diz ser pai dessa mulher fala com a vítima e diz que se trata de uma menor de idade.

Ameaçando fazer uma denúncia na polícia do crime de pedofilia, o suposto pai pede uma quantia em dinheiro pelo silêncio. Com a recusa da vítima, outras ameaças são feitas. Um falso delegado também entra na conversa para dizer que o caso está sendo investigado.

O GOLPE NO ES

No Espírito Santo, a vítima do golpe foi um homem de 40 anos. O bate papo começou em uma rede social na internet. A mulher começou a conversa, pouco tempo depois pediu o número do telefone e o papo seguiu.

"Me chamou no WhatsApp, nesse momento ela fez uma chamada de vídeo tomando banho, no banheiro, nua, se masturbando. Com menos de um minuto, ela desligou a chamada", contou o homem.

Foi o suficiente para os criminosos registrarem todas as imagens. No dia seguinte, um homem entrou em contato se identificando como o pai da mulher. Disse que a jovem era menor de idade e que denunciaria o rapaz pelo crime de pedofilia. Só não faria isso se ele pagasse um valor em dinheiro.

"O primeiro contato eu perguntei de que maneira ele queria ajuda, ele pediu ajuda financeira. Eu perguntei para que. Ele argumentou para mim que tinha gastado uma quantia com psicólogo, que tinha internado a filha devido o que ela passou. A partir daquele momento, eu me dei conta de que não era um caso de pedofilia, era golpe", completou a vítima.

As ameaças continuaram. Um suposto delegado entrou em contato dizendo que poderia prender a vítima. "Esse delegado se identificou como delegado dizendo que ele já estava com o caso em mãos, de um pai de uma adolescente de 14 anos, me acusando de pedófilo. Ele até me enviou artigo falando sobre pedofilia."

O criminoso vasculhou a rede social e identificou os amigos mais próximos e os familiares da vítima. E ameaçou contar a história da suposta pedofilia e encaminhar todas as fotos íntimas, caso o valor exigido não fosse pago.

Com medo, o rapaz se desfez das redes sociais e procurou a polícia.

"A gente já tinha conhecimento de que esse fato criminoso já vinha ocorrendo em outros estados do país. É um golpe chamado da falsa investigação de pedofilia. É importante frisar que os criminosos utilizam fotos de autoridades policiais para trazer uma veracidade em relação ao golpe. A vítima até perguntou se a polícia estava investigando, mas não, era um criminoso aplicando um golpe", falou o delegado Brenno Andrade, da delegacia especializada de repressão aos crimes cibernéticos.

A recomendação da polícia é que nesses casos a vítima não pague nada e denuncie imediatamente. As investigações ainda estão começando, mas a polícia já sabe que o criminoso não é do estado. "A gente identificou pelo DDD e sotaque que seria uma quadrilha ou um indivíduo localizado no Rio Grande do Sul", completou o delegado.

Ele ainda faz um alerta: é preciso evitar com estranhos dessa maneira na internet. Não envie vídeos íntimos e não tenha conversas íntimas com desconhecidos.

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Reportagem de Diony Silva, para o G1 ES

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