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Golpe do consórcio: polícia fecha mais seis empresas na Grande Vitória

Golpe do consórcio: polícia fecha mais seis empresas na Grande Vitória

Ação é desdobramento da operação iniciada em julho de 2023; empresas faziam anúncios em sites de vendas, induzindo a vítima a acreditar que se tratava de um financiamento, e então aplicavam o golpe

Publicado em 4 de julho de 2024 às 18:47

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Seis empresas foram fechadas na Grande Vitória, por envolvimento em golpe do consórcio
Seis empresas foram fechadas na Grande Vitória por envolvimento em golpe do consórcio. (Polícia Civil/Divulgação)

Seis empresas foram interditadas na Grande Vitória, durante a 4ª fase da Operação “Consórcio Fake”, por envolvimento em golpes contra o consumidor.

A ação realizada pela Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), através da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), em parceria com o Instituto Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-ES) e a Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales), foi deflagrada na quarta-feira (3), mas divulgada somente na tarde desta quinta (4).

Segundo o delegado Eduardo Passamani, titular da Decon, o golpe funcionava da seguinte forma: o consumidor se deparava com ofertas chamativas de produtos como carros, motos ou terrenos em sites de vendas na internet. No texto, a informação era de um financiamento que daria direito ao item, por preços bem abaixo do mercado. Entretanto, na prática, se tratavam de consórcios.

Golpe do consórcio: empresas faziam anúncios em sites de vendas, induzindo a vítima a acreditar que se tratava de um financiamento
Golpe do consórcio: empresas faziam anúncios em sites de vendas, induzindo a vítima a acreditar que se tratava de um financiamento. (Polícia Civil/Divulgação)

“A pessoa vai com a promessa de financiamento e, quando chega no local, ela é induzida a erro e acaba assinando um contrato de consórcio, e o dinheiro que ela paga, é um dinheiro que acaba não conseguindo recuperar, porque, na hora de fazer o contrato, colocam que aquele dinheiro seria de uma taxa de administração e às vezes nem na Justiça consegue receber aquilo. Eles enganam o consumidor e acabam ficando com esse dinheiro”, explicou o delegado.

O presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa, deputado Vandinho Leite, apontou que os golpistas usam de diversas estratégias e que, muitas vezes, essas empresas mudam de lugar para continuar praticando os crimes.

“É uma cadeia. Essas empresas são abertas e fechadas em espaços curtos de tempo, inclusive com nomes diferentes, mas, a princípio, os cabeças são os mesmos na maior parte dos casos”, apontou.

Ninguém foi preso nesta fase da operação, que já fechou outras seis empresas anteriormente. De acordo com Passamani, o foco agora é conferir celeridade à interdição dessas lojas para evitar que mais consumidores sejam prejudicados e, quando as investigações chegarem ao fim, punir todos os envolvidos, inclusive os cabeças por trás do esquema. Uma possibilidade é que bens sejam bloqueados para ressarcir os consumidores.

12  empresas já foram interditadas

Além das empresas fechadas na quarta-feira (03), em Vitória e Serra, outras seis foram interditadas desde o ano passado. A Operação “Consórcio Fake” teve início em 24 de julho de 2023, quando duas empresas de consórcio foram interditadas em Vila Velha e Vitória na primeira fase da investigação. Na ocasião, quatro pessoas foram presas em flagrante, acusadas de induzir o consumidor a erro, tentativa de estelionato e organização criminosa.

Depois, em agosto, mais três empresas de consórcio foram interditadas e quatro pessoas foram detidas em flagrante, além da apreensão de bens e veículos.

Na terceira fase, realizada em 02 de maio deste ano, três suspeitos foram detidos e mais uma empresa foi interditada.

Os nomes dos estabelecimentos não foram informados.

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