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Golpe do precatório faz duas vítimas por dia no ES; veja como evitar

Golpe do precatório faz duas vítimas por dia no ES; veja como evitar

Antiga farsa agora usa a tecnologia e nome de autoridades para prejudicar alvos. Delegado alerta: se alguém propuser  pagamento de taxas, denuncie

Publicado em 7 de março de 2022 às 20:19

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Todo dia, duas ou três pessoas acabam prejudicadas no Espírito Santo por caírem na lábia de bandidos no chamado "golpe do pagamento de precatório". O dado foi divulgado pela Delegacia Especializada de Crimes de Falsificações e Defraudações (Defa) nesta segunda-feira (7), a fim de evitar novas vítimas.

Número do Whatsapp e foto utilizada no perfil do aplicativo pelos criminosos para aplicar o golpe dos precatórios no ES
Número do WhatsApp e foto utilizada no perfil do app pelos criminosos para aplicar o golpe dos precatórios no ES. (Divulgação | Polícia Civil)

Nesse esquema criminoso, os golpistas entram em contato por meio de telefonemas ou aplicativos de mensagem, anunciando o pagamento de um precatório – nome que se dá aos valores devidos pelo poder público (União, Estados ou municípios) a alguém, conforme decisão final da Justiça.

Durante essa conversa, os suspeitos dizem que é necessário pagar uma taxa para a emissão da Declaração de Isenção do Imposto de Renda, cujo valor pode chegar até R$ 4 mil. Conforme explicado pela Polícia Civil, depois que a vítima faz a transferência ou o depósito, ela recebe um alvará falso.

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Não existe cobrança de qualquer taxa pela Justiça para o pagamento de precatórios ou obtenção da Declaração de Isenção do Imposto de Renda. É necessário que a população fique atenta.

Douglas Vieira
Titular da Delegacia Especializada de Crimes de Falsificações e Defraudações (Defa)
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Para dar mais credibilidade ao golpe, os criminosos se passam por funcionários públicos, membros do Ministério Público ou da Justiça, ou ainda utilizam o nome de sindicatos, advogados e até do atual presidente do Instituto de Previdência dos Servidores do Espírito Santo (IPAJM), José Elias Marçal.

"Estão utilizando o meu nome, a minha formação acadêmica e a logomarca da autarquia no perfil de WhatsApp para aplicar esse golpe. Em nenhum momento, fiz contato com os segurados, e a Constituição Federal não prevê que o IPAJM realize esse tipo de pagamento diretamente ao benefíciário", afirma Marçal.

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Quando receber este tipo de ligação ou mensagem, sempre se questione e procure seu advogado, pois é ele que acompanha o seu processo e pode trazer informações para manter o seu benefício em segurança.

Douglas Vieira
Titular da Delegacia Especializada de Crimes de Falsificações e Defraudações (Defa)
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De acordo com as investigações realizadas no Espírito Santo, os bandidos são de outros Estados e realizam os contatos por meio da internet ou telefone porque isso dificulta que as vítimas confiram as credenciais usadas por eles. Apesar do uso das novas tecnologias, o golpe já existe há mais de 20 anos, segundo a polícia.

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