A Polícia Civil do Espírito Santo concluiu o inquérito que investigava três suspeitos de integrarem uma quadrilha especializada em aplicar golpes em clientes de bancos, prendendo os cartões que eram colocados no caixa eletrônico. Os três suspeitos foram presos no dia 8 de março em Manguinhos, na Serra. Segundo a polícia, o trio utilizava dispositivos eletrônicos para reter cartões em caixas eletrônicos e atuavam em vários Estados do Brasil.
Os três foram identificados como:
Após a prisão, ainda em março, a polícia divulgou que os suspeitos são do interior da Paraíba e viajavam o Brasil praticando o crime. Conforme explicado, a prática do crime ocorre por meio da instalação em caixas eletrônicos de dispositivos capazes de promoverem a retenção do cartão na máquina, impedindo que a vítima retire o cartão do equipamento.
Simultaneamente à instalação do dispositivo, os criminosos fixavam na máquina um adesivo com um número de um call center falso, como se fosse de um banco. Eles continuavam dentro da agência e orientavam as vítimas a ligar para o número, como uma forma de ajuda.
"Normalmente um criminoso de maior idade afirma para a vítima que ele também teve o cartão retido na máquina e conseguiu resolver o problema ligando nesse número. Quando a vítima ainda assim não liga para o número, eles mesmos ligam e passam o telefone para a vítima", afirmou na época o delegado Guilherme Eugênio Rodrigues, adjunto da 2ª Delegacia Regional de Vila Velha e titular do 6º Distrito de Polícia de Vila Velha.
A vítima falava por telefone com um falso gerente, que aos poucos ia pegando as informações por telefone.
Nesta quinta-feira (13), a polícia informou que no veículo que os suspeitos utilizavam, encontrou compartimentos secretos que eles fizeram no interior do encostos de cabeça do veículo. Nesses compartimentos foram localizados 46 cartões e 131 adesivos com nomes de instituições bancárias e menção a falsos números telefônicos do tipo “0800”.
Conforme investigado, foi verificado que a organização criminosa agia em todo Brasil, viajando, com frequência, por dezenas de cidades em todo o país e aplicando novos golpes.
Quando os suspeitos foram presos, em março, duas vítimas haviam sido identificadas. À época, falava-se em R$ 20 mil de prejuízo. No entanto, ao longo das investigações, a polícia encontrou outras 44 pessoas que caíram no golpe.
Ao todo, as investigações apontam um prejuízo total de mais de R$ 450 mil. "Eles já dispunham de máquinas de cartão de crédito empregadas exclusivamente para realização de compras com o cartão das vítimas, eles não saíam para comprar algo. Nós conseguimos perceber que a presença desses infratores vem sendo há anos constatada inúmeras vezes praticamente em todos os estados litorâneos do Brasil: do Rio Grande do Sul até o Maranhão", detalhou Guilherme Eugênio.
Após coletiva de imprensa, nesta quinta-feira (13), a matéria foi atualizada com novas informações sobre quantidade de vítimas e prejuízos.
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