A polícia prendeu, na tarde desta quarta-feira (11), uma a mulher, de 26 anos, suspeita de aplicar golpes em que cadastrava vítimas como revendedoras de cosméticos, no Distrito Paulista, em Barra de São Francisco, no Noroeste do Espírito Santo. Até o momento, segundo a Polícia Civil, pelo menos 16 pessoas foram prejudicadas. Durante a ação, vários cosméticos foram apreendidos.
A golpista, que não teve o nome informado, pedia informações pessoais das vítimas, todas pessoas em situação de dificuldade financeira, dizendo que estava doando cestas básicas, e utilizava os dados para cadastrá-las como revendedoras de uma empresa de cosméticos.
Segundo as investigações, a suspeita dizia que estaria doando cestas básicas em nome de uma igreja que frequentava em Nova Venécia. O delegado-adjunto da 14ª Delegacia Regional de Barra de São Francisco, Daniel Azevedo, disse que a suspeita alegava que, para conseguir a doação, as pessoas precisavam passar dados como CPF, RG e comprovante de residência. No entanto, ela utilizava as informações para dar o golpe.
“A suspeita se aproveitou da fragilidade financeira das vítimas para aplicar o golpe. Ela utilizava os dados para fazer o cadastro das vítimas em uma empresa de cosméticos e colocava a entrega na residência dela. As vítimas acabavam por adquirir uma dívida sem conhecimento e ficavam com o nome sujo”, explicou o delegado.
Conforme as investigações da PC, ela obtinha os produtos em nome de cada vítima em valor que variava entre R$ 230,00 a R$ 840,00. O prejuízo total está cerca R$7 mil. O caso ocorreu em agosto do ano passado, no entanto, o golpe só foi descoberto após uma das vítimas consultar o site do Serasa e perceber que estava com o nome sujo. Ela e outras vítimas, denunciaram o crime para a polícia.
A mulher foi localizada e presa, por policiais civis da 14ª Delegacia Regional do município, no Distrito Paulista. De acordo com o delegado, em depoimento, a suspeita apresentou justificativas descabidas, alegando ter sido recrutada. A suspeita responderá por estelionato simples, ao menos 15 vezes, e estelionato qualificado cometido contra idoso.
A Polícia Civil orienta que outras possíveis vítimas procurem a delegacia mais próxima e registrem Boletim de Ocorrência, para que todos os casos sejam devidamente investigados.
A reportagem também procurou a empresa de cosméticos, a Avon, usada pela suspeita para aplicar os golpes. Por nota, a empresa informou que esta acompanhando o caso e também abriu uma investigação interna.
"Com relação à denúncia de registros fraudulentos, em Barra do São Francisco – ES, informamos que a Avon Cosméticos tomou ciência do ocorrido e vem realizando uma investigação interna para resolução do caso, bem como colaborando com as autoridades para resguardar os direitos das pessoas afetadas."
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