O Batalhão de Missões Especiais (BME) detonou uma granada encontrada durante o confronto com traficantes, que deixou cinco pessoas mortas na região do Morro do Macaco, em Vitória, na segunda-feira (14). Segundo o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Douglas Caus, o artefato explosivo seria jogado nos policiais por um dos indivíduos baleados. As vítimas não foram identificadas até o momento.
"A Força Tática do 1º Batalhão foi acionada e duramente enfrentada por diversos disparos. Mantiveram a troca de tiros por muito tempo. Posteriormente, a nossa tropa avançou. Cinco armas foram apreendidas e os cinco baleados foram socorridos ao Hospital São Lucas. Um dos indivíduos baleados, inclusive, durante a ação, ia jogar uma granada", afirmou.
E prosseguiu: "Demonstra claramente a intenção desses indivíduos em acertar os nossos policiais militares, que dentro do estrito cumprimento do dever legal de legítima defesa, fizeram o revide".
"Na maioria das vezes, eles atiram para poder fugir da Polícia Militar. Hoje foi uma situação atípica por dois motivos: primeiro, o indivíduo lançando uma granada contra os policiais. E, segundo, que eles mantiveram a posição. Isso significa que eles estavam ali defendendo ou uma carga grande de carregamento de drogas – uma carga que foi, inclusive, aprendida – ou estavam protegendo alguma liderança", contextualizou.
De acordo com Caus, a corporação recebeu a informação de que aproximadamente 30 indivíduos estariam no local durante à tarde, fortemente armados, para receber uma grande carga de drogas. A polícia foi até a região e o confronto começou.
Após a publicação desta matéria, o Ministério Público de Espírito Santo (MPES) informou que "acompanha o caso e aguarda o recebimento do Inquérito Policial Militar (IPM), a ser enviado pela Corregedoria-Geral da Polícia Militar, e do Inquérito Policial, da Polícia Civil, para posterior análise e adoção das providências cabíveis e previstas em lei, pela Promotoria de Justiça junto à Auditoria Militar e pela Promotoria de Justiça Regional de investigação e Controle Externo da Atividade Policial, respectivamente. A Promotoria de Justiça junto à Auditoria Militar apura a possível prática de crimes militares e a Promotoria de Justiça Criminal atua na apuração crimes dolosos contra a vida".
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta