Foi enterrada na manhã deste sábado (4) Carolina Ferraz Scalfoni, que estava grávida de quatro meses e morreu após ser atingida por um tiro disparado pela arma do marido, um guarda municipal de Vitória.
O caso aconteceu na última quinta-feira (30) dentro do apartamento do casal, na Praia de Itaparica, em Vila Velha. O marido de Carolina, Luiz Roberto Ramalheite, disse à polícia que estava limpando a arma quando ela disparou acidentalmente. Ele foi atingido na mão pelo disparo e a esposa, na barriga.
Carolina chegou a ser encaminhada para o hospital Antônio Bezerra de Farias, mas não resistiu e morreu. Ramalheite foi preso por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Pagou fiança e foi liberado.
O repórter da TV Gazeta Aurélio de Freitas esteve no cemitério Parque da Paz, em Ponta da Fruta, onde Carolina foi enterrada. Ela foi sepultada às 10h30. Familiares da vítima não quiseram gravar entrevista, mas disseram que todos estavam abalados e transtornados com o que aconteceu.
Luiz Roberto foi afastado do trabalho pela Guarda Municipal de Vitória por 8 dias. O órgão informou que quando o agente voltar ao serviço, será realocado na parte administrativa, já que a arma funcional foi recolhida.
O caso é investigado pela Corregedoria da Guarda Civil Municipal de Vitória (GCMV). Segundo a Prefeitura da Capital, um processo administrativo disciplinar vai ser instaurado, "com ampla defesa e contraditório, preservando o respeito ao estado democrático de direito e os direitos e garantias individuais".
A Polícia Civil informou na sexta-feira (3) que o autor do disparo foi conduzido para o plantão do Departamento Especializado de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), onde foi autuado em flagrante por homicídio culposo, que é quando não há a intenção de matar. "As diligências realizadas logo após o fato, assim como os depoimentos colhidos, indicaram que o disparo ocorreu de forma acidental, atingindo a vítima. Por tratar-se de crime culposo, não há responsabilização pelo óbito do feto. O autuado pagou fiança estipulada pela autoridade policial e foi liberado para responder em liberdade. O procedimento será encaminhado para a Divisão Especializada de Homicídio e Proteção à Mulher (DHPM), que dará prosseguimento à apuração das circunstâncias do fato", explicou o órgão em nota,
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