Duas grávidas, de 23 e 27 anos, foram presas na última segunda-feira (31), suspeitas de armazenarem drogas e armas para traficantes. A jovem de 23 anos foi detida em Viana e a outra mulher na região da Grande Terra Vermelha, em Vila Velha. as duas não tiveram os nomes informados.
Durante a ação foram apreendidos cinco pistolas, dez carregadores de pistola e quatro carregadores “caracol”, além de mais de 3 mil pinos de cocaína prontos para comercialização.
De acordo com a adjunta do Departamento Especializado em Narcóticos (Denarc), delegada Larissa Lacerda, o Setor de Inteligência levantou informações sobre uma residência usada pelo tráfico de Viana para armazenamento de drogas.
A casa pertencia a uma mulher, de 23 anos, grávida de quatro meses, que morava com outros três filhos menores de 12 anos. Na casa, os policiais apreenderam 3.825 pinos de cocaína.
Em depoimento, a jovem afirmou que guardava as drogas para um homem que havia conhecido há apenas três meses. Ela disse não saber o telefone, nome ou endereço do indivíduo.
“Essa droga era armazenada em um cômodo, onde traficantes frequentavam para fazer a retirada dessas drogas, para serem comercializados em boca de fumo”, explicou a delegada Larissa Lacerda.
Os filhos da suspeita estão sob tutela de parentes.
No mesmo dia, uma outra grávida, de 27 anos, foi presa, armazenando armas para traficantes, no bairro Normília da Cunha, região da Grande Terra Vermelha, Vila Velha.
Segundo o chefe do Denarc, delegado Tarcísio Otoni, a região é dominada pelo Primeiro Comando de Vitória (PCV). Traficantes alugaram a residência da mulher para guardar o material.
Nessa residência, foram apreendidas cinco armas com quatro carregadores chamados goiabada ou caracol, cada um com capacidade para 50 munições.
“A função dessa mulher é simplesmente guardar essas armas, que seriam distribuídas para traficantes da Grande Terra Vermelha, que estão ali em constante guerra com seus rivais vizinhos”, destacou o delegado Tarcísio Otoni.
As armas encontradas na residência da suspeita eram de fabricantes da República Tcheca, turca e de origem bersa, na Argentina. Já os carregadores são de empresas da América, mas com fabricação na Coreia do Sul.
No momento da prisão, a suspeita passou mal e precisou ser socorrida. As duas mulheres tiveram suas prisões em flagrante convertidas para preventivas.
As investigações continuam para chegar aos responsáveis por trazer as drogas e armas para essas mulheres.
Segundo o chefe do Denarc, delegado Tarcísio Otoni, o tráfico usa de estratégias para não serem pegos pela polícia, dentre elas, mudar os locais de armazenamento de drogas e armas, e usar mulheres, em situação de vulnerabilidade, para que possam guardar os materiais ilícitos.
“Existe um entendimento dos tribunais, de prisão domiciliar para presas com filhos até certa idade, então a gente entende que o tráfico de drogas explora essas brechas legais, inclusive para estar contratando essas pessoas, mulheres, muitas vezes miseráveis, para atuar no tráfico de drogas.”
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