> >
Grupo que mira portos no ES para enviar drogas à Europa é alvo da PF

Grupo que mira portos no ES para enviar drogas à Europa é alvo da PF

O grupo é investigado pelo envio de toneladas de cocaína a partir de portos brasileiros, em especial, o de Santos e Paranaguá e tentava colocar o ES como alternativa para embarques

Publicado em 14 de fevereiro de 2023 às 08:02

Ícone - Tempo de Leitura 3min de leitura

+ Operação Chapa Branca

Após a divulgação da operação deflagrada com cumprimento de mandados de prisão e busca e apreensão no Espírito Santo, a Polícia Federal informou que foi preso um empresário do ramo de café em Colatina.

Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (14) a Operação Chapa Branca, com intenção de cumprir cinco mandados de prisão preventiva e 14 de busca e apreensão em todo o Brasil, contra uma organização criminosa dedicada ao tráfico de drogas que tentou utilizar os portos do Espírito Santo pare enviar cocaína para a Europa. Segundo a PF, a droga era escondida em pisos de mármore e granito.

São cumpridos cinco mandados de prisão preventiva nos Estados:

Outro mandado de prisão também é cumprido na Hungria, país europeu.

Também são cumpridos 14 mandados de busca e apreensão, nos mesmos Estados, respectivamente, Espírito Santo (1), Santa Catarina (2), Paraná (7), São Paulo (3) e Pernambuco (1).

A investigação começou em outubro de 2021, quando a Polícia Civil apreendeu 350 quilos de cocaína que eram descarregados de um caminhão e que seriam, na sequência, ocultados numa carga de chapas de granito e exportados para a Europa. Naquele momento, foram presos em flagrante um empresário e um ex-policial. Um terceiro homem, motorista do caminhão carregado com a droga, conseguiu fugir mas foi identificado e capturado em São Paulo, sendo preso em cumprimento de mandado de prisão preventiva. Nomes não foram divulgados. 

Empresário e ex-PM são os presos com cocaína que iria do ES para a Europa(Sesp)

A partir daquele momento, foram estabelecidas medidas importantes de parceria com a Receita Federal, além de ampla cooperação internacional para obter junto a outras equipes da Polícia Federal, Estados Unidos e Europa, provas que pudessem ajudar a determinar os demais envolvidos na exportação criminosa que iria utilizar a estrutura portuária do Espírito Santo.

"Escobar brasileiro"

No decorrer da apuração, foi verificado que a droga havia sido adquirida na Bolívia e seguiria para o porto de Le Havre, na França, de onde seria distribuída para outros países daquele continente. Controlando a ação em solo nacional, uma das maiores organizações criminosas em atuação no país, liderada pelo traficante conhecido como o “Escobar brasileiro”, considerado um dos maiores narcotraficantes do mundo em atividade.

Preso no ano passado na Hungria, numa parceria entre a Polícia Federal e a Polícia de Portugal, ele é investigado em vários países pelo envio de toneladas de cocaína a partir de portos brasileiros, em especial, o de Santos e Paranaguá e tentava colocar o Espírito Santo como alternativa para esses embarques.

A apreensão foi em Cachoeiro de Itapemirim e além do policial militar da reserva, uma outra pessoa foi presa. Um terceiro homem fugiu, mas já foi identificado pela Polícia Civil
Polícia apreende 350 kg de cocaína. Droga seria encaminhada à Europa. (Polícia Civil)

Com as medidas cumpridas nesta terça (14), a Polícia Federal considera que todos os envolvidos no envio da carga apreendida em Cachoeiro de Itapemirim foram identificados e agora seguirão à disposição da Justiça Federal para responderem ao processo criminal.

Os investigados poderão responder pela prática do delito de associação para o tráfico, tráfico internacional e interestadual de drogas e, eventualmente, pela lavagem de capitais. Se condenados, as penas aplicadas podem ultrapassar 30 anos de prisão.

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais