Um técnico de refrigeração foi agredido por policiais militares com socos e tapas em Piúma, no Litoral Sul do Estado. A agressão aconteceu nesta sexta-feira (01).
Imagens gravadas pelo celular mostram uma discussão entre policiais militares e o homem, identificado como Willian Martinusso. Um dos policiais deu um tapa nele, outro PM deu socos. Em outro momento do vídeo, o homem aparece sendo algemado.
Em entrevista à TV Gazeta, o advogado de Willian disse que a confusão foi na garagem de um condomínio em Piúma, e que a polícia foi chamada porque havia um carro com som alto na rua.
A discussão começou na rua e terminou na garagem. O advogado acrescentou que seu cliente e o irmão foram detidos, mas já estão liberados.
O técnico de refrigeração disse que não resistiu à ação da Polícia: "Eu falei 'calma, me respeita, não tem bandido aqui. Somos uma família de bem'. Nisso, ele me deu um empurrão, disse pra ele não me tocar e ele me deu um tapa na cara. Fica um sentimento de medo e insegurança", contou em entrevista à TV Gazeta.
O irmão de Willian, que não quis se identificar, também disse que foi agredido. "Um bom diálogo teria resolvido. Não teria necessidade de tomar essas proporções."
Willian disse que o sobrinho de 16 anos, que filmou a ação, também apanhou dos policiais. "Ele foi agredido também. O celular cai no chão e três foram em cima dele."
Sobre a agressão, a assessoria de imprensa da Polícia Militar respondeu inicialmente à TV Gazeta que não conseguiria dar informações sobre o caso neste sábado (2) porque, nos finais de semana, não tem acesso às ocorrências registradas em plantões anteriores.
Mais tarde, mandou um outro posicionamento, informando que, nesse caso, os PMs, em patrulhamento, identificaram uma caminhonete transitando com som alto. Ao ser dada ordem de parada, segundo a PM, o condutor desobedeceu a ordem legal e fugiu. A PM disse que, assim que o automóvel foi encontrado, o condutor e o passageiro se dirigiram para o interior de um condomínio e a ocorrência foi conduzida para a delegacia de Polícia Civil.
"A Polícia Militar vai instaurar um procedimento apuratório pelo cartório da unidade de área para verificação dos fatos, não coadunando com atos que desrespeitem a lei em qualquer circunstância", destacou a PM.
O homem agredido pela PM respondeu a demanda da reportagem após a divulgação desta matéria. Segundo Willian Martinusso, ele não resistiu à ação da polícia. A PM, por sua vez, acrescentou dados ao que havia sido divulgado anteriormente pela corporação. As novas informações foram incluídas no texto.
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