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Homem é condenado a mais de 108 anos de prisão por matar e atear fogo na família no ES

Homem é condenado a mais de 108 anos de prisão por matar e atear fogo na família no ES

Os homicídios foram cometidos no dia 10 de dezembro de 2022, em uma casa localizada em Aracuí, na zona rural de Castelo

Publicado em 10 de junho de 2024 às 18:17

Ícone - Tempo de Leitura 3min de leitura
Caso aconteceu neste sábado (10)
Incêndio em casa de Pantanal, na região de Aracuí, Castelo. (Thomaz Romário Albano)
Sara Oliveira
Repórter / [email protected]

Fabiano Alves foi condenado a 108 anos e 10 meses de prisão por matar e atear fogo na sua mulher e enteados em Castelo, no Sul do Espírito Santo. O júri popular aconteceu na segunda-feira (10), em Castelo.

Os homicídios foram cometidos no dia 10 de dezembro de 2022, em uma casa localizada em Aracuí, na zona rural da cidade. Investigações apontaram que ele, na época, sob efeito de álcool e cocaína, agrediu até a morte a então companheira, de 41 anos, e os três filhos dela: um rapaz, uma adolescente e uma criança de 8 anos.

As informações foram divulgadas pelo Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), na tarde desta segunda-feira (10). Fabiano foi condenado por homicídio qualificado e cumprirá a pena inicialmente em regime fechado. O réu já estava preso preventivamente desde que foi encontrado após o crime.

“O Promotor de Justiça Luis Felipe Simão, que atuou no Tribunal do Júri, nesta segunda-feira, 10 de junho de 2024, em Castelo, considerou que a pena que ultrapassou a 100 anos de prisão foi compatível com o crime bárbaro cometido contra quatro pessoas da mesma família”, informou o MPES, por meio de nota.

Homem é condenado a mais de 108 anos de prisão por matar e atear fogo na família no ES

Após o crime, o homem fugiu para uma mata, onde ficou escondido por mais de 30 horas, sendo localizado e preso no dia seguinte, com o celular de uma das vítimas, e, desde então, permaneceu preso preventivamente até a realização do julgamento.

Homem tinha negado autoria

Roseane Caros Seabra, de 40 anos, e os três filhos dela foram encontrados nos cômodos da casa onde o crime aconteceu. Na época do crime, o Corpo de Bombeiros informou que, quando a equipe chegou ao local, identificou um foco de incêndio em um dos cômodos. As vítimas estavam em cômodos diferentes, entre elas, uma criança no banheiro, com a porta trancada. A casa também estava fechada e, para entrar, os militares precisaram arrombar a residência. Dois corpos tiveram como causa da morte a ação contundente na cabeça, ou seja, não morreram em decorrência do incêndio.

Na ocasião, Fabiano Alves, preso um dia após o crime, confessou que viu os corpos no imóvel e o fogo começando, mas negou autoria dos assassinatos. Após buscas em área de mata fechada, pastos e propriedades rurais, uma equipe da Polícia Militar foi informada que o suspeito tinha sido visto por militares de folga andando pela Rodovia Fued Nemer, no mesmo município. Fabiano foi detido próximo a um posto de combustíveis.

Ao ser abordado pelos militares, o suspeito negou ter cometido o crime, porém, segundo militares que atenderam a ocorrência, ele dizia frases desconexas. O homem disse aos militares que chegou na casa, viu os corpos com sinais de violência, mas alegou que não teve tempo de apagar o incêndio que se iniciava. Ele negou autoria dos assassinatos, mas, confessou que fugiu para uma mata por medo e permaneceu escondido por mais de 30 horas.

A reportagem de A Gazeta tenta localizar a defesa de Fabiano Alves. O espaço segue aberto. 

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