Um homem de 30 anos, que trabalha como assistente de escritório em Castelo, no Sul do Espírito Santo, foi preso em flagrante pela Polícia Federal nesta quarta-feira (19) por armazenar e compartilhar materiais contendo abuso ou exploração sexual de crianças. Ele participava de grupos com outras pessoas em aplicativos de mensagens.
A prisão ocorreu durante a Operação Abutre IV, que investiga a produção, divulgação e transmissão de imagens e vídeos ou outros registos que contenham cenas de abuso ou exploração sexual de crianças ou adolescentes no Estado do Espírito Santo.
Durante a operação nesta quarta-feira (19), foi cumprido um mandado de busca e apreensão na cidade de Castelo. O assistente de escritório foi preso durante as buscas, quando a PF verificou a existência de grande quantidade de arquivos de sexo envolvendo crianças em um telefone celular.
O homem preso em flagrante responderá por "posse ou armazenamento de material pornográfico envolvendo criança ou adolescente", por "produzir (Art. 240 da Lei 8.069/1990), transmitir (Art. 241-A da Lei 8.069/1990)" esse tipo de conteúdo, e ainda, caso seja possível identificar vítimas, poderá responder pela prática de estupro de vulnerável (Art. 217-A, do Código Penal). Caso seja condenado, as penas somadas podem chegar a 33 anos.
A Polícia Federal ainda busca outros suspeitos envolvidos em crimes considerados mais graves pela corporação, como estupro de vulenrável.
Ao fim das buscas e diante dos arquivos ilícitos encontrados no celular, o assistente de escritório de 30 anos recebeu voz de prisão. Sabendo que seria encaminhado para a Delegacia de Polícia Federal de Cachoeiro de Itapemirim e, na sequência, para o Centro de Detenção Provisória da cidade, ele pediu aos policiais que pudesse fazer sua higiene pessoal, no banheiro.
Dois policiais o acompanharam dentro da casa. Ao passarem pela cozinha, "o conduzido subitamente atentou contra a própria vida", informou a Polícia Federal.
Os policiais imediatamente prestaram socorro inicial, estancando a hemorragia causada. Ele foi transportado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para um hospital de Cachoeiro de Itapemirim e encontra-se estabilizado. A equipe aguarda um posicionamento dos médicos sobre a situação do homem para dar continuidade ao caso.
O nome da operação foi escolhido em referência à má fama dessas aves, que orbitam o sofrimento de outros seres enquanto buscam alimento, tal qual o comportamento dos predadores sexuais, que submetem suas vítimas e as mantêm em permanente estado de aniquilação emocional.
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