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Homem é preso por abusar da filha de 3 anos e obrigar adolescente a abortar no ES

Homem é preso por abusar da filha de 3 anos e obrigar adolescente a abortar no ES

Além de registrar imagens os abusos, ele também é investigado por manter relações com uma jovem, que teria engravidado e praticado um aborto por ordem dele

Publicado em 7 de maio de 2024 às 18:07

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Homem de 32 anos é preso em Vila Velha, suspeito de abusar da filha de 3 anos
A Polícia Civil, por meio da DPCA, realizou a coletiva da prisão de um homem que abusava da filha de 3 anos. (PCES/Divulgação)

Um homem de 32 anos foi preso no último sábado (4), em Vila Velha, suspeito de abusar sexualmente da própria filha, que na época tinha 3 anos, e por manter relações sexuais com uma adolescente, com quem mantinha um caso extraconjugal, além de gravar os abusos. O detido não terá o nome informado para preservar a identidade das vítimas.

A prisão foi divulgada em coletiva de imprensa nesta terça-feira (7) pela Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). Além dos abusos, registrados em vídeo, ele também é investigado por fazer com que a adolescente, que teria engravidado, praticasse um aborto.

A delegada Thais Cruz, titular da DPCA, informou que o caso foi descoberto após denúncias anônimas. “A DPCA tomou conhecimento de um conteúdo pornográfico envolvendo uma criança de 3 anos sendo abusada pelo genitor e vídeos sexuais dele com uma adolescente de 14 anos. De imediato, a gente adotou as providências necessárias para identificar e localizar (esse homem)."

A mãe da menina relatou que não sabia dos abusos, mas informou que ele sempre foi violento e que já tinha sido agredida, mas nunca o denunciou. Recentemente, ela decidiu se separar, mas, não aceitando o fim do relacionamento, o marido a agrediu novamente.

“Quando ela foi à delegacia prestar esclarecimento, ela estava toda lesionada. Ela possui medida protetiva e ele responde por Lei Maria da Penha contra ela.”

O delegado adjunto da DPCA, Leonardo Vanaz, que assumiu o caso, explica que, na análise dos materiais obtidos após denúncia, foi identificado que o investigado tinha diversas imagens e vídeos praticando sexo com a adolescente – da qual não era parente, e com a qual tinha uma relação considerada “afetiva” –, e imagens dos abusos cometidos contra a filha.

“Imagens essas que datam do ano de 2019, quando essa criança tinha apenas 3 anos de idade, sendo que hoje ela possui 8 anos de idade. (...) A investigação identificou as partes, identificou o investigado e as vítimas e prontamente nós representamos pela prisão preventiva e pela busca e apreensão nos endereços do investigado.”

Foram apreendidos celular, computadores, notebooks e pendrives. O material será encaminhado à perícia para com as investigações dos crimes já constatados e, também, para identificar a possibilidade de outros crimes.

Além da prisão e da busca e apreensão, testemunhas estão sendo ouvidas, e a criança já foi atendida pelo setor psicossocial da DPCA, que possui psicólogas, assistentes sociais, para fazer a escuta especializada.

“As imagens que a gente possui até o momento datam do ano de 2019, e quando nós cumprimos a prisão, a gente obteve a informação de que a vítima ainda morava com o pai. A gente cumpriu a prisão e agora, com esses materiais apreendidos, a gente vai buscar constatar se ocorreram outros crimes e se há armazenamento de outro material envolvendo pornografia. A produção de vídeo ou qualquer imagem de cunho sexual, pornográfico, em que apareça a criança ou um adolescente, inclusive, configura dois crimes do ECA: um crime de produzir esse material e de armazenar.”

A delegada Thais Cruz reforçou que o caso chegou à DPCA em meio ao Maio Laranja, o mês de conscientização, prevenção, orientação e combate ao abuso e exploração sexual da criança e do adolescente.

“Esse caso, que chegou por uma denúncia anônima, veio no momento importante para conscientizar as pessoas que têm o conhecimento de que tem alguma criança, um adolescente, (seja) vizinho, parente, ou que tomou conhecimento (dos abusos) através de algum vídeo na internet, em rede social, reparando, consertando aparelhos eletrônicos, computador, celular de alguém. Denuncie, porque esse caso vai ser investigado, vai ser efetivamente investigado pela DPCA.”

As denúncias podem ser feitas, inclusive, por meio do telefone 181, de forma anônima.

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