Um auxiliar de carga e descarga de 41 anos foi preso por agredir e torturar a namorada por uma e hora e meia dentro de um apartamento em Jardim da Penha, Vitória, na madrugada do último domingo (27). A prisão foi feita nesta quinta feira (31), na Serra.
As agressões aconteceram dentro do apartamento da vítima. Segundo a polícia, o homem se revoltou após a namorada ter dito que não queria comer a comida que ele havia preparado. Ele então a agrediu com socos e tentou, por diversas vezes, estrangulá-la. A vítima também teve o dedo queimado e chegou a desmaiar após ser atingida por uma cadeira.
A tortura durou cerca de uma hora e meia e só terminou quando a vítima conseguiu fugir do apartamento e pedir ajuda no prédio onde mora. Ela foi levada ao hospital e a polícia acionada.
"Ela pediu um copo de água e quando ele foi até a cozinha, ela conseguiu fugir. Desceu as escadas do prédio e pediu ajuda a moradores que estavam embaixo", contou a delegada do Plantão de Atendimento à Mulher, Andréa Magalhães.
O caso foi encaminhado para o Plantão de Atendimento à Mulher. Com a gravidade da situação, foi solicitado um pedido de prisão contra o agressor. De acordo com a delegada Andréa Magalhães, os relatos da vítima chocaram a polícia.
Ela relatou todas as agressões e estrangulamentos. Ela chorava sem parar e estava muito machucada, com o rosto desconfigurado. Uma situação chocante, que infelizmente ainda acontece na nossa sociedade. , declarou.
Com o mandado em mãos, uma equipe da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de Vitória foi até Mata da Serra, na Serra, para prender o agressor. Segundo a delegada titular da Deam, Juliana Saadeh, o suspeito estava pronto para fugir, mas foi detido na casa de uma tia, na tarde da última quinta-feira (31).
A gente fez um trabalho incessante e incansável para prendê-lo. Ele estava prestes a pular um muro, pronto para fugir, mas em uma ação rápida conseguimos detê-lo, disse. O auxiliar de carga e descarga vai responder por tentativa de feminicídio. Ele também pode responder por tortura.
De acordo com a chefe da Divisão da Delegacia de Atendimento à Mulher, Claudia Dematte, este crime, mais uma vez, demonstra como o machismo ainda predomina na sociedade. Ela garantiu que homens, que insistirem em praticar violência contra a mulher não sairão impunes.
Esse caso mostra como os resquícios do machismo estão na nossa sociedade. O homem não aceitou ser contrariado, não respeitou a individualidade e decisão da vítima e se achou no direito de agredi-la. É inadmissível que ainda hoje mulheres sejam vítimas de violência. Nós estamos aqui para combater e proteger estas mulheres. Estes atos não vão passar impunes. , finalizou.
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